Reeducação alimentar

Neste quarto domingo da quaresma, ouvimos o Evangelho da parábola do filho pródigo. É muito conhecida por nós e a cada vez que escutamos nos admiramos com as cenas que são apresentadas. 

A alegria do pai na volta do filho é de admirar, ao percebermos que o pai jamais perguntou por onde esse filho andou, mas em tudo acolheu para que seu filho que estava morto pudesse viver novamente no lar para ele preparado. O filho pródigo se perdeu e se perdeu a tal ponto de ir comer os porcos a sua comida. Nosso Senhor Jesus Cristo deixou o manjar de seu corpo e sangue para nos alimentar e mesmo assim às vezes deixamos essa santa delícia e nos misturamos aos porcos para comer. É forte essa expressão, mas não há dúvidas que o pecado faz nós reduzirmos a nossa alimentação. Uma pessoa em pecado é capaz de tudo, de fazer tudo e de se alimentar com tudo o que o mundo oferece. Por isso, inclusive o tempo da quaresma é o tempo do jejum para reeducar a nossa alimentação. O jejum é uma forma de reeducação do que a nossa alma está se alimentando. Deste modo, o filho pródigo uma hora cai em si e percebe o alimento que ele está dando para a sua alma. 

Eis que chega o momento do arrependimento, o momento em que ele busca a confissão dos seus pecados. Este momento é crucial para a reeducação. É o momento em que ele é convidado a ir buscar o perdão. Exatamente o que o filho vai fazer, vai buscar o sacramento da confissão do seus pecados. Tal parábola nos ensina sobre a importância de primeiramente cairmos em si, ou seja, quando deparamos o que estamos comendo e o que estamos oferecendo a nossa alma. Também nos ensina sobre o sacramento da confissão tão amplamente falado neste período da quaresma. A confissão é a nossa reeducação alimentar, é buscar querer saciar a alma com a santa delícia do Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Paz e Bem!  


Frei Jhones

Deixe uma resposta