Desde 2015, o Brasil se dedica a falar sobre a prevenção ao suicídio, na campanha “ Setembro amarelo”.
Mas, você sabe como e por que essa campanha começou?
A campanha setembro amarelo tem sua origem nos Estados unidos, onde Mike Emme, de apenas 17 anos cometeu suicídio em 1994. Mike era um rapaz alegre, que gostava de música e estava quase atingido a faixa preta de Taekwondo. Muito habilidoso, reformou um Mustang 68, pintando-o de amarelo, mas seus pais e amigos não perceberam que o jovem tinha sérios problemas psicológicos e não conseguiram evitar sua morte.
No dia do velório, foi feita uma cesta com diversos cartões com fitas amarelas, cor do carro de Mike, com a mensagem “se você precisar, peça ajuda”. Essa iniciativa deu origem ao movimento de prevenção ao suicídio que mais tarde, em 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) tornou mundial, usando o laço amarelo como símbolo.
O suicídio impacta a sociedade como um todo, principalmente por que não se fala muito no assunto. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), as taxas de suicídio são maiores que de doenças como o HIV, o câncer e até guerras e homicídios.
No Brasil, conforme dados do governo federal no site do CAPES, em média, 41 pessoas tiram a própria vida. Entre os jovens na faixa dos 15 aos 29 anos, é a quarta causa de morte, ainda maior se pararmos para analisar o número de adolescentes entre 10 e 14 anos, que aumentou em 49,3% em 2023. Ainda há que se ressaltar que, para estas que conseguem, pelo menos 25 pessoas tentam, mas não conseguem, além das que estão neste momento, pensando seriamente se esta seria a melhor solução para si.
As causas que levam uma pessoa a chegar neste ponto podem ser diversas, dentre elas a depressão e outros problemas psicológicos, que muitas vezes são difíceis de identificar pela família e amigos ao redor da pessoa. O tabu que ainda existe das doenças mentais e a cultura de que depressão não é doença, também impedem que a pessoa busque ajuda, com medo de não ser compreendida. Por isso é preciso falar sobre o assunto, para termos ouvidos, mãos e coração aberto para acolher quem está pedindo ajuda, muitas vezes, silenciosamente. No site https://www.setembroamarelo.com/, existem diversas informações adicionais que podem ajudar quem deseja ou precisa ajudar alguém próximo.
E se você hoje, que lê este texto e pensa nessa possibilidade de tirar a sua vida, não tenha medo. Peça ajuda! Caso você se sinta desconfortável em pedir ajuda a alguém próximo, existe o Centro de Valorização da Vida – CVV (https://cvv.org.br/), onde é possível buscar ajuda sem precisar se identificar. E também nós estamos aqui. A sua vida é um presente de Deus e decidir por viver sempre será a sua melhor escolha.
Paz e Bem!
Ana Karenina