Segundo Domingo de Páscoa

Ida ao oftalmologista

Tomé respondeu: ‘Meu Senhor e meu Deus!’ Jesus lhe disse: ‘Acreditaste por que me viste? Bem-Aventurados os que creram sem terem visto!’”( Jo 20, 28-29). 

Neste final de semana, o Evangelho sobre a passagem do “ver para crer”. A fé é sempre algo que não vemos com nossos olhos, mas sim com os olhos espirituais. Um exemplo, pode se dizer, a respeito desses olhos espirituais é que na hora da missa, quando o padre pega em suas mãos o pão e vinho, não conseguimos ver com nossos olhos nada além do pão e vinho, porém os nossos olhos espirituais fazem com que a gente veja: o Corpo e Sangue de Cristo.

 É um Evangelho que somente é compreensível a partir da fé. E podem reparar que em nossas vidas, tem coisas que só conseguimos compreender a partir desses olhos espirituais, desses olhos que nos fazem  ver para além daquilo que se mostra. Os olhos espirituais trazem um sentido, um significado para coisas a partir de Deus. Os olhos espirituais fazem com que a gente queira buscar as coisas do alto, querer o céu, desejar um dia entrar na vida eterna. Já os olhos puramente carnais não conseguem enxergar que após a nossa vida terrestre, tem uma vida celeste nos aguardando para ser vivida. Os nossos olhos mortais fazem com que não olhemos para cima e fiquemos somente olhando para a terra, para o material, para as coisas terrenas. 

A busca pelo céu como indo ao oftalmologista da alma que é a limpeza dos olhos espirituais. Para que isso aconteça primeiramente: busque o céu. Buscar o céu é a entrada para o consultório médico dos olhos. Para essa busca, use o colírio da oração. Como diz São Padre Pio, a oração é a chave que abre o coração de Deus. Eu digo que a oração limpa os nossos olhos para ver o céu. Depois de pingar o colírio chegou a hora de fazer os exames, com a pupila dilatada você consegue ver melhor o que te atrapalha para ver a Deus. E assim, após ver o que atrapalha, busque retirar da sua vida. E no final, o médico dirá se precisa usar óculos e qual será o seu grau, pois da mesma forma que Deus distribui o talento diferente para cada um, cada um de nós precisa de um grau diferente para enxergar a Ele. Paz e bem! 


Frei Jhones Lucas

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