O Evangelho deste domingo inaugura o novo Ano Litúrgico. Deste modo, o primeiro domingo do Advento vem nos alertar para uma coisa: “estejamos preparados”. Jesus é bem enfático ao dizer: “Não sabemos o dia nem a hora em que o Senhor virá”.
De início, parece estar falando em um tom ameaçador e pode até nos causar certa angústia e medo. Mas é justamente o contrário, pois o maior desejo que todos nós cristão temos é de um dia estar frente a frente com Deus. Inclusive isso é tão forte em nós, que quando acaba a consagração todos nos dizemos: “Anunciamos Senhor a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus”. Deste modo, aguardamos confiantes por sua volta, pois essa é a razão da nossa fé.
Parece estranho pensar assim, mas nós cristãos somos filhos da espera, ou seja, filhos que esperam confiantes a volta de seu “irmão mais velho” Jesus Cristo que irá conduzir todos nós de volta a nossa casa paterna no céu.
Passamos a nossa vida toda nessa espera, não que devemos viver toda a nossa vida em busca do fim ou somente pensamento no fim, mas que nos é proposto viver toda a nossa vida iluminada pelo fim. É o fim de tudo – o céu – que deve iluminar a nossa vida na terra, pois é do alto que vem a luz.
Estejamos, como diz São Paulo, revestido dessas “armas da luz” como diz na primeira leitura. Estar com as armas da luz é estar revestido do céu já aqui na terra. Se estivermos revestidos com essa armadura não necessitamos ficar com medo nem com angústia. Por isso Jesus repete várias vezes para estarmos prontos, ou seja, estarmos nesse revestimento de luz, de céu.
Mas o que é estar revestido de céu?
O céu é para os “leves”. Leves não no sentido de peso, altura, corpo, mas sim leves de consciência. Se você pratica o bem, leva a paz, deseja o amor… Irmãos, o céu já está em vocês, não tem com o que se angustiar e ter medo. Olhemos para Francisco, quer exemplo mais lindo de céu do que ele? Ele foi tão “leve” que olhar para Francisco era olhar para o próprio céu.
Irmãos, vistamos as “armas da luzes”!
Paz e Bem
Fraternalmente, Frei Jhones