Trabalho digno é o que Deus deseja para todos

Todos os meses, o Santo Padre, com os olhos atentos às realidades do mundo e as necessidades da humanidade, seleciona uma intenção de oração que reflete as preocupações da Igreja no século. Nosso querido Papa Francisco, já em dezembro de 2024, determinou quais seriam as intenções pelas quais ele mesmo pediria que a Igreja intercedesse durante os meses de 2025. O projeto chamado “Rede Mundial de Oração” tem a missão divulgar estas intenções e convida a todos não só para a oração, mas para a reflexão e ação sobre estes temas tão importantes para todos nós. E como todos sabemos, Francisco voltou para o Pai há pouco tempo, pouco mais de um mês atrás, e o intuito desta matéria era homenageá-lo falando de um tema que ele já havia definido como seu pedido de intercessão para maio de 2025, mês em que estamos: seu pedido era que rezássemos pelas condições de trabalho, para que através de seu trabalho, cada pessoa se realize, as famílias sejam sustentadas com dignidade e a sociedade se sustente. E a eleição do novo Papa só confirmou o que havíamos pensado. O Espirito Santo, já sabendo o que viria, elegeu para Sua Igreja, através de nossos cardeais e das nossas orações um novo Pontífice: Leão XIV, que escolheu este nome por conta de um de seus antecessores muito importantes: Leão XIII, que escreveu uma Carta Apostólica que eu, particularmente, conheci fora dos muros da Igreja, na faculdade, dentro dos livros: Rerum Novarum, e foi escrita em um momento da história de muitas mudanças profundas, onde ainda não existiam os direitos sociais e pouco se falava sobre dignidade da pessoa humana, a Revolução industrial. Foi a primeira vez em que se falou em direitos dos trabalhadores e deveres dos patrões, e este documento é uma referência não só para a doutrina católica, mas para o Direito do Trabalho no mundo.E desde a Revolução Industrial até os dias atuais, apesar da evolução imensa nos direitos trabalhistas, muito ainda temos que caminhar. O trabalho digno que todo ser humano deve ter, está ainda muito distante da realidade, principalmente para as pessoas mais pobres. A ganância se sobrepõe ao respeito entre um ser humano e outro: de um lado, os empregadores que muitas vezes só visam lucro e do outro, o trabalhador que precisa e acaba se sujeitando a situações degradantes como a escravidão, que pasmem, ainda existe muito latente não só no Brasil, mas em muitos países.


Ana Karenina

Deixe uma resposta