Jesus: A luz que ilumina as nações

Queridos irmãos e irmãs, Paz e Bem!

Hoje celebramos a Festa da Apresentação do Senhor, um momento profundo de encontro entre o Antigo e o Novo Testamento, entre a promessa e a sua realização.

Esta celebração nos convida a contemplar Cristo como a Luz das nações e a refletir sobre nossa própria entrega a Deus.O Evangelho de Lucas (2,22-40) nos apresenta a cena em que Maria e José levam o Menino Jesus ao templo para cumprir a Lei de Moisés.

Era costume que todo primogênito fosse consagrado ao Senhor, e esse gesto dos pais de Jesus mostra sua fidelidade à Aliança. No entanto, esse evento não é apenas um cumprimento legal; ele revela a identidade de Jesus e sua missão. Simeão, um homem justo e piedoso, movido pelo Espírito Santo, reconhece naquele Menino a salvação prometida.

Suas palavras são de grande significado: “Agora, Senhor, conforme a tua palavra, podes deixar teu servo partir em paz, porque meus olhos viram a tua salvação.” (Lc 2,29-30). Ele proclama que Jesus é a luz para iluminar as nações e glória para Israel.

O profeta Malaquias (Ml 3,1-4) já anunciava que o Senhor viria ao seu templo como mensageiro da Aliança, trazendo purificação e renovação. Essa profecia se cumpre na Apresentação de Jesus, pois Ele entra no templo não apenas como uma criança qualquer, mas como o próprio Deus que visita o seu povo.

Ele é o fogo que purifica, o sacrifício perfeito que trará verdadeira reconciliação entre Deus e a humanidade.Na segunda leitura, a Carta aos Hebreus (Hb 2,14-18) reforça essa realidade ao afirmar que Jesus se fez semelhante a nós em tudo, exceto no pecado, para se tornar um sumo sacerdote misericordioso.

Ele não veio apenas para cumprir ritos exteriores, mas para se oferecer como sacrifício definitivo pela redenção do mundo. Assim, a Apresentação do Senhor antecipa sua entrega total na cruz e nos convida a nos unirmos a Ele nessa oferta.Diante desse mistério, a festa de hoje nos convida a perguntar: como temos nos apresentado diante de Deus? Assim como Simeão e Ana, que aguardavam com esperança e fidelidade a vinda do Messias, somos chamados a reconhecer Jesus como luz em nossa vida e a vivermos de modo que sua luz brilhe através de nós.

A verdadeira consagração ao Senhor não se resume a um rito externo, mas a um coração disponível, cheio de fé e aberto à ação do Espírito. Que Maria, que apresentou Jesus ao Pai, nos ensine a oferecer nossa vida a Deus com amor e confiança. Que o Senhor purifique nosso coração e nos faça luz para o mundo. Amém!


Frei Augusto

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