“Em verdade eu vos digo, quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa” (Mc 9, 41).
No Evangelho deste final de semana, Nosso Senhor Jesus Cristo nos apresenta o “banco do céu”. Todo banco possui uma poupança onde depositamos nosso dinheiro para guardá-lo com segurança. Ao fazer isso, temos duas certezas: nosso dinheiro estará seguro e renderá um pequeno juro como retorno do investimento. Esses juros trazem uma recompensa quando precisamos resgatar o que depositamos.
Aplicando essa lógica ao Evangelho de hoje, Jesus nos deu a vida, Ele nos “entregou” um recurso precioso: nossa própria existência. Aqui na terra, somos chamados a fazer esse “investimento” render para que, na hora de resgatar — que é o momento da nossa morte — sejamos cobrados pelos “juros” que acumulamos através de nossas ações na vida terrena. No contexto espiritual, esses “juros” são as boas ações que realizamos, por menores que sejam — como dar um simples copo de água, como mencionado no Evangelho — e que serão “creditadas” na hora do “saque”.
Essa comparação com transações financeiras nos leva a refletir: quais “juros” estamos gerando com nossa vida na terra? Estamos realmente trazendo “lucros” para Deus ou estamos acumulando “prejuízos” com a vida que Ele nos deu? É essencial refletir sobre essa “transação financeira” espiritual, pois ela é fundamental para o ajuste final, no dia em que Deus resgatará o “investimento” que Ele fez em nós, que é a nossa vida.
As vidas dos santos da Igreja são grandes exemplos de poupanças valiosas e investimentos frutíferos. Espelhemos nossas ações nessas “contas” e certamente conseguiremos acumular “juros” que, no dia do “saque”, nos recompensarão com a vida eterna em Deus. Paz e Bem!
Frei Jhones Lucas Martins