Foi com muita alegria que recebi a notícia de que a Campanha da Fraternidade do ano 2025 terá como tema “Fraternidade e Ecologia Integral” e como lema “Deus viu que tudo era muito bom” – e o cartaz traz, no centro, a figura de São Francisco de Assis.
O ano de 2025 realmente deve nos reservar momentos e sentimentos muito especiais: a Campanha da Fraternidade com um tema franciscano, a comemoração dos 800 Anos do “Cântico das Criaturas” e o Jubileu Ordinário “da Esperança” – e nossa paróquia, ainda, comemora 150 anos de fundação e 125 anos de presença franciscana…
Só o Ano Jubilar Ordinário já seria motivo para muitos louvores! Me pego pensando como o próprio “Poverello de Assis” reagiria a tantos motivos para agradecermos ao Pai, qual o tamanho de sua (perfeita) Alegria!
Assim como os 800 Anos do “Cântico das Criaturas”, trazer a Ecologia Integral para um debate sério e um questionamento de nossos atos através da Campanha da Fraternidade é, além de uma necessidade, uma forma de dizer a todos os cristãos – e não só aos católicos – que o mundo que Deus criou, abençoou e colocou aos nossos cuidados (Gn 1,28) está com seu equilíbrio em risco, graças às atitudes egoístas e inconsequentes do mesmo Homem que é responsável pelo seu bem-estar.
Na Mensagem para o 61º Dia Mundial de Oração Pelas Vocações, o Francisco de hoje nos lembra que, entre as missões que a nossa vocação nos traz, ainda temos responsabilidades para com o mundo que Deus nos confiou e com os irmãos que conosco coabitam nesta terra: “A escuta da chamada divina… é antes o modo mais seguro que temos de alimentar o desejo de felicidade que trazemos em nosso íntimo: a nossa vida realiza-se o torna-se plena quando descobrimos quem somos, as qualidades que temos e o campo onde é possível pô-las a render, quando descobrimos que estrada podemos percorrer para nos tornarmos sinal e instrumento de amor, acolhimento, beleza e paz nos contextos onde vivemos… A polifonia dos carismas e das vocações, que a Comunidade Cristã reconhece e acompanha, ajuda-nos a compreender plenamente a nossa identidade de cristãos: como povo de Deus em caminho pelas estradas do mundo, animados pelo Espírito Santo e inseridos como pedras vivas no Corpo de Cristo, cada um de nós descobre-se membro duma grande família, filho do Pai e irmão e irmã de seus semelhantes… Há muitos carismas e somos chamados a escutar-nos reciprocamente e a caminhar juntos para descobrir discernindo aquilo a que nos chama o Espírito para o bem de todos. Além disso, no momento histórico presente, o caminho comum conduz-nos para o Ano Jubilar de 2025. Caminhamos como peregrinos da esperança rumo ao Ano Santo, para, na descoberta da própria vocação e pondo em relação os diversos dons do Espírito, podermos ser no mundo portadores e testemunhas do sonho de Jesus: formar uma só família, unida no amor de Deus e interligada pelo vínculo da caridade, da partilha e da fraternidade… Estamos em caminho à descoberta do amor de Deus e, ao mesmo tempo, à descoberta de nós mesmos, através duma viagem interior, mas sempre estimulados pela multiplicidade das relações… cada dia, respondendo à nossa chamada, procuramos realizar os passos possíveis rumo a um mundo novo, onde se viva em paz, na justiça e no amor… Como indivíduos e como comunidade, na variedade dos carismas e ministérios, todos somos chamados a “dar corpo e coração” à esperança do Evangelho neste mundo…” (4º Domingo da Páscoa, 21/04/2024)
Como estou me preparando para este ano de 2025, Ano da Graça? Como estou tratando / cuidando da nossa Casa Comum? Já conheço a minha vocação? Tenho agido como “peregrino(a) da Esperança”? Estou dando “corpo e coração” à esperança do Evangelho no mundo?
Para pensar…
Leila Denise