Reflexão do Evangelho do 17º Domingo do Tempo Comum

Não é sobra, é a forma de Deus amar

“Está aqui um menino com cinco pães de cevada e dois peixes. Mas o que é isso para tanta gente?” (Mc 6, 9).

Neste domingo, podemos confiar naquele velho ditado popular: “O pouco com Deus é muito”. Este ditado popular faz muito sentido quando olhamos para a cena da multiplicação dos pães deste final de semana. Esse milagre que Jesus faz nos aponta três coisas:

  1. Para Deus realizar o milagre, há sempre a nossa parte; afinal, não tem como Deus realizar algo em nós ou para nós sem a nossa participação, vontade e liberdade. No caso aqui, eles precisaram “passar a cestinha” e ver o que tinham para oferecer para que Deus pudesse multiplicar.
  2. Exige sempre a nossa fé. O discípulo teve fé e a fé o fez chegar até Nosso Senhor Jesus Cristo. A fé nos leva longe; a fé não só move montanhas, mas também crê que a montanha de fato se moveu. A fé é uma insistência e persistência em Deus, que foi o que os discípulos fizeram sem medo e sem desistir.
  3. Por fim, a terceira coisa que este Evangelho nos aponta está no final: a sobra de 12 cestos de pães. Por que sobrar? Para justamente mostrar duas coisas: que o amor de Deus é um amor exagerado, um amor que transborda. O amor de Deus é sempre algo a mais que o nosso, ao ponto de sobrar. E a segunda coisa é que o amor de Deus não é limitado, mas sim um amor que não conhece limites. Para Deus, o amor não é um limite, mas sim seu ser. Por isso, ao sobrar o cesto, percebemos que o amor de Deus não tem limites humanos, pois seu amor é perfeito em nós. O que para nós é sobra, para Deus é seu modo de ser. O que para nós é morte de Cruz, para Deus é seu amor exagerado na forma de nos amar! O que para Deus é normal, para nós é o extraordinário! Paz e Bem!

Frei Jhones Lucas Martins

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