Sexto Domingo da Páscoa

O Verbo Permanecer

“Eu vos disse isso para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei” (Jo 15, 11-12).

No Evangelho deste sexto domingo da Páscoa, Nosso Senhor Jesus Cristo, nos convida a amar.

Porém, em nosso cotidiano, essa palavra está tão gasta que nós quase não sabemos o que é o amor. Mas há no Evangelho deste final de semana algo que muda todo sentido do amor, pois Jesus diz: amai como eu vos amei. Para entendermos qual amor estamos falando, precisamos olhar para Jesus e ver como é seu amor. O “como” amar é o diferencial do amor. Pois há um amor que é entre um homem e uma mulher (eros); há um outro amor que é entre os pais e filhos (filia); há um amor que é entre amigos. Essas três formas de “amor” há certo grau de sentimento.

 Porém, existe uma forma de amor que é esvaziada de sentimento que é o “como” de Nosso Senhor Jesus Cristo. Jesus disse: “amai vosso inimigo e fazei o bem para os que vos odeia”. Como amar os inimigos? Como nutrir sentimento por alguém que fez mal a nós? Impossível! Por isso, a forma que Jesus nos propõe é totalmente nova de amar, é uma amar sem medida, na gratuidade, sem sentimento, sem esperar nada em troca e sem medo. E como isso é possível? Cristo mesmo nos ensina: Permanecer! O verbo “Permanecer” que Jesus usa tanto é a forma amar sem medida.  Pois quem permanece em Deus, basta somente o amor Dele. 

O amor de Deus não nutre um sentimento, mas penetra em todos os sentidos, por isso, a célebre frase de Santo Agostinho: “Ame e faze o que queres”. Quem ama a Deus não tem como fazer outra coisa a não ser amar. Por isso, permanecer em Deus é permanecer em seu amor para poder amar. Por isso, quem ama a Deus consegue amar seus inimigos. Busquemos permanecer no amor para um dia chegar até o pleno amor que é Deus. Paz e Bem! 


Frei Jhones

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