Mas quem é esse César?

“Daí, pois a César o que é de César e a Deus o que é de Deus” (Mt 22, 21).

O Evangelho deste final de semana é muito conhecido por nós devido a essa frase, mas afinal o que é dar a César o que é dele? O que é dar a Deus o que é de fato dele? Primeiramente, para responder essa pergunta temos que entender o que é de Deus e o que é de César. 

Vejamos o que são as coisas de Deus: a vida, a morte, tudo o que temos, tudo o que somos, os alimentos que ele criou para nós, o ar, a água e tudo o que existe sobre a terra, acima da terra e finalizando, todo o universo. Depois desse check list das coisas que são de Deus, o que sobra para ser de César? Tudo aquilo que não está na lista acima. Parece estranho, pois não conseguimos imaginar o que sobra. Mas sobra muita coisa, para entender a lógica pensa assim: tudo aquilo que é essencial é de Deus, tudo aquilo que não é necessário é de César. Tudo que é de uso espiritual é de Deus, tudo o que é de uso material é de César. 

Precisamos: da vida, da água, do ar, da terra, das plantas, etc para viver, logo isso tudo é de Deus e Ele tem o controle de tudo. Agora, precisamos de carro para sobreviver? Não, somente é algo bom que nos ajuda, e muito, na locomoção, mas não é algo vital. Então, quando de fato morrermos devolveremos tudo a César, pois como diz o ditado não levaremos nada para o caixão. Por isso, dar a César o que é de César é perceber que não levaremos nada para o caixão, na hora da morte tudo é devolvido para César. 

Mas quem é esse César? César representa aquilo que é mundano, não é essencial, porém temos. Ter não é o problema, problema é quando não queremos devolver, dar a César o que é dele e ficamos apegados as coisas.

Paz e Bem!  

Frei Jhones

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