“O que vós desejais que os outros vos façam, fazei-o também vós a eles” (Lc 6,31).
(Lc 6,31)
Jesus, no Evangelho de hoje, faz uma continuação do Evangelho da semana passada, o “Sermão da Montanha de Lucas”. Nesta passagem, percebemos que Jesus vai nos ensinar, como devemos nos portar frente aquela pessoa que não gosta de nós. Sabemos que ao longo da nossa vida, teremos várias pessoas que não irão gostar de nós e que por vezes também, teremos pessoas que não iremos gostar. É a famosa expressão: “O santo não bateu”. Mas, não é porque o “santo não bateu” que eu devo fazer o mal para essa pessoa.
Ao ligarmos a TV ou vasculhar as nossas redes sociais, temos inúmeras postagens de pessoas com discursos de ódio pelo simples fato do “santo não bater”. Irmãos, como dissemos, podemos não gostar da pessoa, não concordar com sua maneira de falar e de agir, mas nunca podemos incitar ódio ou a morte de alguém. Jesus é muito claro nesse evangelho: “aquilo que você deseja aos outros, você desejaria para si?” Basicamente essa é a pergunta que resume todo o Evangelho. Agora, gostaria de colocar uma ressalva aqui: se o outro estiver errado, vai e corrige-o como nos ensina o próprio Jesus Cristo. Entretanto, ensinar não é a mesma coisa que desejar o ódio.
Talvez, esse seja o segundo mais difícil exercício, depois do exercício do perdão que Jesus nos pede: “desejar ao outro o mesmo que desejo para si”. São Francisco tem uma expressão que sintetiza a proposta de Jesus: “Não vos perturbeis pelo pecado do outro”. Não se encolerizar pelo erro do irmão é um exercício muito difícil, pois quem não fica com raiva frente a uma injustiça, a uma falta de zelo pela missa, a um fazer de “qualquer jeito” as coisas para Deus. E mesmo assim, Jesus nos pede sobriedade frente a tudo isso. Saibamos sempre procurar em tudo agradar a Deus e não aos homens. Então facilmente acharemos o nosso tesouro escondido no céu! Paz e bem!
Um abraço fraterno.
Frei Jhones Lucas Martins