Olá queridos, paz e bem!
Neste mês de julho, queremos trazer um pouco da vida missionária para vocês! Conhecemos o mandamento de Jesus, o qual São Francisco obedeceu com amor e fidelidade: ” Ide por todo o mundo e pregai o Evangelho a toda criatura” (Mc 16,15), e sabemos também que todos nós, cristãos, somos chamados à missão. Porém existem aqueles que, de uma forma mais específica, abraçam o mandamento de Cristo e deixam pai, mãe, e partem para levar o evangelho para longe, em terras onde o desafio de evangelizar pode ser ainda maior e mais extraordinário.
Sendo assim, vamos neste mês conhecer o olhar missionário de uma religiosa, que não é franciscana, mas que tem em seu fundador um apaixonado por São Francisco e que viveu o ano de 2020 na Bolívia. Irmã Ellen Cirila, jovem religiosa Palotina, vai nos contar um pouco de sua missão naquele país e como isso mudou a sua vida. Vamos conferir?
Nome: Irmã Ellen Cirila
Idade: 26 anos
Profissão: Religiosa
Música preferida: Hoje livre sou
Filme/série: A volta do filho pródigo
Livro: A volta do filho pródigo
Personalidade inspiradora: Santo Antônio de Pádua
CONFERE AÍ UM POUQUINHO MAIS SOBRE A IR. ELLEN :
Sou brasileira, natural de Marabá-PA, estou na Congregação há 10 anos e sou religiosa há 5 anos. Morei na Bolívia ano passado, por 11 meses. Atualmente, estou no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.
Fale um pouco de sua ordem religiosa, e como seu fundador, São Vicente Palloti também tem um pouquinho de franciscano:
Nossa Congregação foi fundada por São Vicente Pallotti, em Roma, em 1838. Com o carisma de reavivar a fé e reacender a caridade no mundo, nos consagramos a Deus através da profissão dos conselhos evangélicos de castidade, pobreza e obediência, e nos colocamos à disposição da Congregação e da Igreja, para realizar a missão de ser e formar apóstolos onde quer que sejamos convocadas.
São Vicente Pallotti tinha um grande desejo de ser frade franciscano, mas devido sua saúde debilitada não foi aceito no convento, mas obteve uma autorização especial para utilizar o hábito dos frades para dormir. Se tornou padre diocesano, mas conservou um coração franciscano e revelava isso com sua própria vida de doação e simplicidade.
Como é ser irmã missionária em um país que não é da sua origem? Quais as maiores dificuldades que você encontrou?
É um desafio gratificante! Minha dificuldade foi a adaptação com a realidade local de onde fui, por ser completamente diferente e oposta à realidade onde estava atuando antes. A simplicidade e a alegria daquele povo, que com muito menos que nós, vivem felizes e alimentam sua fé com todas as adversidades da vida. A realidade de conflitos políticos na Bolívia é bem difícil, e quem acaba pagando o preço é o povo, que já tem necessidade de quase tudo. A atuação de nossa Congregação contribui concretamente com doações de alimentos e medicamentos aos mais necessitados, além é claro, da Palavra de Deus que levamos às famílias.
A partir do contexto da pandemia iniciamos esse projeto das doações de alimentos e medicamentos, não havia esse projeto antes. Se cada missionário/a assume e abraça uma missão com abertura, com humildade e de coração sincero acontece uma conexão real entre todos, entre quem sai do seu país e quem o recebe. É uma experiência indescritível.
Dentre todas as experiências que viveu lá, qual que mais te marcou?
Entre os desafios que encontrei na experiência missionária um deles era o fato de estarmos em quarentena e não poder ter contato com o povo de lá. Mas quando começamos a sair e voltar aos poucos às atividades pastorais, percebi o quanto aquele povo era piedoso, e mesmo com todas as dificuldades vivem sua fé com intensidade, para mim foi um verdadeiro aprendizado, pois muitas vezes nós vamos ao encontro do povo pensando que vamos ensinar algo, quando na verdade aprendemos muito mais do que ensinamos. Por esse motivo a experiência missionária é sempre enriquecedora e gratificante.
Ser missionário não é só ir para outro país, pode ter alguém precisando de uma palavra de consolo e esperança dentro da sua própria casa ou do outro lado da rua. Você que é cristão, assuma pra valer sua vocação: seja sal e luz do mundo!
“O mundo tem necessidade de alguém que acenda uma chama de amor em meio a tanta escuridão!” São Vicente Pallotti.
Com esse testemunho bacana, podemos perceber que a missão é gratificante onde estivermos, basta nos abrirmos à graça de Deus. E não precisa estar lá na Bolívia para isso; você pode começar a levar o evangelho aí, onde você mora na sua casa, com seus amigos, no trabalho…
Bora começar a espalhar a boa notícia?
Deus te abençoe!
Ana e Vitoria