Irmãs e irmãs, Paz e Bem! Nas reflexões dominicais do Conexão Evangelho, vamos refletir sobre alguns dos dogmas da Igreja Católica. Seja bem-vindo, você está no “Descomplicando Dogmas” – parte II. Além disso, temos a alegria de apresentar também o episódio #02 do “Conexão Acessibilidade”, um espaço com reflexões em libras para a comunidade surda!
“Tu és o meu Filho amado, em ti ponho meu bem-querer” (Mc 1,11).
Neste final de semana celebramos o Batismo de Jesus no Rio Jordão por João Batista. Logo após ser batizado, repousou sobre Jesus o Espírito Santo em forma de pomba e a seguir veio uma voz do céu dizendo que Jesus era o Filho amado. Qual seria o dogma? O dogma que estamos nos referindo é: “Jesus é verdadeiramente Deus e Filho de Deus por essência”. Parece confuso, mas não é. Vamos por partes!
Primeiro Jesus é verdadeiramente Deus e como vimos na semana passada, Jesus é Deus, se encarnou e se fez homem igual a nós. Porém, Ele mesmo sendo homem é verdadeiramente Deus. Mas Jesus é Filho de Deus Pai. Sabemos que Deus é Um, mas em três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo. O Pai só é Pai porque tem um Filho e o Filho só pode ser chamado de Filho porque tem um Pai. Deste modo, Jesus é o Filho amado do Pai. Jesus é o Primogênito, ou seja, o primeiro Filho do Pai e Jesus é o Unigênito porque é o único Filho do Pai. Mas podemos nos perguntar: Jesus enquanto Deus nasceu do Pai? Não! Por que como diz o dogma, Jesus é verdadeiramente Deus e Filho de Deus por ESSÊNCIA, isto é, se Deus é eterno e Jesus é Deus, logo Jesus não nasceu do Pai, pois Jesus não teve um início. Então desde sempre e para sempre o Filho e o Pai são um só e do amor dos dois geram o Espírito Santo.
Como diz o catecismo da Igreja Católica, Jesus: “é verdadeiramente o Filho de Deus que se fez homem, nosso irmão, e isto sem deixar de ser Deus, nosso Senhor” (CIC 469). Portanto, Jesus se fez homem sem deixar de ser Deus.
No Evangelho deste final de semana, tempo em que celebramos o Batismo de Jesus, percebemos o Pai dizendo ao Filho de seu amor por Ele. É tão lindo esse dogma, pois, mostra como Deus é puro amor e esse amor é tão grande que Ele quis enviar seu Filho para mostrar esse amor a todos nós. Jesus além de mostrar o caminho que nos leva ao Pai, nos mostra o profundo amor que há entre Ele e seu Pai na força do Espírito Santo. Diante desse mistério todo de amor só podemos adorar, inclusive é um dos títulos dado ao Santo de Assis: “Francisco o adorador da Trindade”, como lemos em suas bibliografias. Paz e Bem!