A medida de Deus é o exagero

“Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos.” (Mt 20,16). Particularmente gosto muito deste Evangelho, pois nele, claramente vejo a medida da justiça de Deus. A medida de Deus é o exagero. Vejamos a parábola que ele conta: um patrão contrata um trabalhador para a sua vinha. O primeiro ele contrata a madrugada, o outro às 9h, outro às 12h e outro às 15h da tarde. Por fim, contrata o último às 17h da tarde. No final do dia o patrão pede ao administrador que pague a todos de maneira igual. Poxa, como assim pagar a todos igualmente? Não é justo, porque quem trabalhou desde a madrugada, trabalhou mais do que aquele que foi contratado às 17h da tarde. Por que esse patrão está pagando a todos igualmente? Porque a medida de Deus é o exagero!

A Justiça de Deus não é a justiça dos homens. O amor de Deus é divino e nós ainda somos humanos e não conseguimos compreender. Tudo em Deus é exagerado e nós somos limitados! Irmãos, todos nós “cabemos” no amor de Deus e em sua justiça. A expressão que usamos: “Quem julga é Deus” é a que mais faz sentido neste Evangelho. Deus é quem julga, não somos nós. Quantas vezes dizemos: ah, o que fulano está fazendo é contra a Igreja ou veja se isso é roupa de ir à missa, ou pior ainda, Jesus está desse lado e você está contra o lado de Jesus. Irmãos, parem de fazer esse julgamento, pois a justiça de Deus é divina, não é humana e novamente repito que a justiça e o amor de Deus são medidos pelo exagero.

Todos nós fomos inclusos no projeto de Deus, pois assim diz Jesus: “Eu vim para que todos tenham vida e as tenham em abundância”. Todos nós estamos protegidos sobre as sombras das asas de Deus. Este Evangelho nos mostra claramente isso, se alguma vez julgamos que alguém não estava sob as asas de Deus, é melhor revermos esse conceito, pois Deus não faz distinção e nem acepção de pessoas, mas morreu/pagou na cruz por todos nós. Cabe a cada um de nós somente louvar esse amor de Deus com a mesmas palavras de São Francisco: “Grande, magnífico e maravilhoso Deus…”

Paz e Bem!

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