Hoje, sexta-feira santa, refletimos o ‘Com Cristo’. Celebrar a morte de Cristo na cruz é celebrar a sua entrega total ao Pai por amor a nós. Se ontem vimos que por Cristo nos movemos, somos e existimos, hoje vemos que o nosso sofrimento se une com o sofrimento de Cristo.
O maior sofrimento de nossa vida é a morte. Por meio da morte nos separamos de quem amamos, e isso é sofrimento, não tem como negar. Porém, Cristo se une conosco e também passa por esse mesmo episódio. O nosso sofrimento se une com os de Cristo, mostrando assim que Deus não nos abandona na nossa dor, mas que com Ele estamos e Ele conosco, está. Deus não nos abandona, pois, estamos sempre com Ele, por Ele e com Ele. Ele veio ao nosso encontro e não nos deixou nunca mais. Estamos sempre Com Ele. Nos unimos tanto a Ele que comemos o seu próprio corpo. Nos tornamos UM com Ele.
Na idade média ele chamava isso de Cristificação, ou seja, quando nos unimos a Cristo por meio da eucaristia, nos tornamos um com Cristo, ou seja, somos cristificados. Essa união por completo se dá em maior ocasião na cruz, onde Cristo, ao passar por toda dor, não escapou nem da morte. Cristo se une a nós por completo até na morte. Essa união completa todo o “Com Cristo”. Essa união é proclamada por Paulo quando ele diz:
“Não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim!” (Gál 2, 19)
É Cristo, com Ele que vivo e já não sei mais onde vivo. Cristo se misturou a nossa condição e não conseguimos mais separar a nossa vida com a dele. Nos tornamos um com Ele, até que um dia também faremos a nossa passagem – a morte – e poderemos nos unir definitivamente na eternidade com Ele.
Irmãos, somos uma unidade Com Cristo e nada há de separar. Como novamente diz São Paulo, nem a morte, nem a dor, nem a espada e nem a destruição consegue nos separar desse amor. Por isso o amor é o maior elo, e que nos faz mais forte. É no amor, por amor e com amor que nos tornamos um com Ele.
Paz e Bem!