Justiça e Misericórdia

“Não vim abolir as leis, mas sim dar-lhe pleno cumprimento” (Mt 5, 17).

Jesus neste Evangelho vai trazer uma série de mandamentos e vai tecendo seus comentários, justamente para mostrar que Ele não queria mudar a lei, mas sim vivê-la em sua plenitude, ou seja, viver de modo correto. E qual é essa plenitude que Jesus coloca na lei? 

A justiça e a misericórdia. 

A justiça seria a justiça divina que não faz distinção de pessoas, mas julga conforme a obra e o amor praticado. A misericórdia é medida com o “não faça ao outro aquilo que não quero que façam para mim”. Toda a lei é plenificada por essas duas virtudes: justiça e misericórdia. 

A lei não mata se esta for colocada a serviço dos homens para a prática da justiça e da misericórdia. A lei mata quando o homem é colocado a serviço dela. A lei é necessária porque, afinal, somos o povo de Deus que caminha e todo o povo que caminha possui leis para que todos saibam por onde caminhar e o porquê caminhar. 

As vezes temos um certo descrédito ou até deixamos a lei de lado, mas as leis de Deus servem para mostrar por onde, enquanto cristãos, necessitamos caminhar para que o ideal não se perca. A lei serve para garantir que o nosso caminhar, não seja uma andança qualquer, mas sim que tenha um propósito. 

Não sejamos igual a resposta do gato à Alice, no livro “Alice no país das maravilhas”; Alice, não sabendo para aonde ia é repreendida pelo gato que diz: “Quem não sabe por onde quer ir, qualquer caminho serve”. Irmãos, sabemos onde queremos ir: para o Céu. As leis servem para que o nosso caminhar seja correto, com justiça e misericórdia. 

Francisco em tudo se colocava na obediência a Deus e à Igreja, por que ele não queria desviar do caminho que o levava ao céu, mas ele também alertava aos irmãos sobre a letra que mata o espírito, que é quando o homem se submete a lei e nela se fecha esquecendo do exercício da justiça e da misericórdia. 

Paz e Bem, Frei Jhones

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