“Agora, Senhor, conforme a tua promessa, podes deixar teu servo partir em paz; porque meus olhos viram a tua salvação” (Lc 2,29).
No Evangelho desse domingo, Maria vai até o templo oferecer sacrifícios para sua purificação, pois acabara de dar à luz a Jesus. Também era costume que todo o primogênito masculino tinha que ser apresentado no templo, deste modo Jesus era primogênito e de família judaica então Maria foi levar para apresentá-Lo.
Sendo assim, hoje a Igreja comemora a apresentação de Jesus no templo. Jesus é apresentado, e é colocado um personagem chamado Simeão que faz um belo cântico, dizendo que agora ele poderia morrer em paz, pois seus olhos viram a salvação. Jesus, desde quando era um bebê, já havia nele o plano salvífico. E quando Simeão O vê, ele percebe então que naquela criança o plano de Deus, que era de salvar toda a humanidade, iria começar.
Após a exclamação de Simeão, ele ainda continua: “Este menino vai ser causa tanto de queda como de reerguimento para muitos em Israel. Ele será um sinal de contradição. Assim serão revelados os pensamentos de muitos corações”. Simeão profetiza que a salvação vinda de Cristo irá causar muitos conflitos, ou seja, não será nada pacífico.
A salvação trazida por Cristo abala, pois, a sua mensagem desconstrói muitas coisas, a vida de Jesus é uma contradição. Jesus nos desconstrói às vezes, nos tira das nossas estabilidades. Jesus às vezes nos desmonta e, irmãos, se vocês alguma vez foram desmontados por Cristo, estão no caminho certo. A mensagem de Jesus tem que nos deixar incomodado, tem que ser contradição para nós, pois só quando sentimos esse incomodo conseguimos parar de fazer as “coisas antigas” e começa a fazer “coisas novas”.
E irmãos, quando nos deixamos mover por Cristo, começamos a incomodar o mundo. Quantas vezes deixamos tantas coisas e as pessoas olham para nós e se questionam do porquê? Por que seguir Cristo? Por que não casar? Por que ser honesto? Por que ir fazer a Missão Franciscana da Juventude? Por que ser um jovem missionário? Irmãos, não encarem essas perguntas com dificuldades, mas olhe para elas e respondam com a mais sincera ousadia: porque seguir a Cristo não vale a pena, vale a minha vida!
Paz e Bem, Frei Jhones