O “ÓBVIO” DO EVANGELHO

“Pois todo o que se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado” (Lc 18,14). Mais uma vez temos a temática da humildade no Evangelho deste domingo. E diante dessa insistência de Jesus debruçamos sobre esse tema. 

Paulo em uma de suas cartas nos recomenda a “buscar as coisas do alto” e para buscarmos as coisas do alto é porque estamos em lugar “baixo”. Só conseguimos subir uma escada porque estamos embaixo. Parece meio óbvia essa frase, mas é justamente isso que quero propor para a nossa reflexão: “o óbvio”. 

O que é algo óbvio? 

É algo que não necessita de reflexão. É algo tão claro, tão ingênuo que você lê ou percebe algo que não precisa ler novamente, porque está óbvio. Esse óbvio do Evangelho às vezes não é óbvio nas palavras mas no concreto, no colocar em prática por vezes não é tão óbvio assim. 

Deste modo percebemos nos Evangelhos, de um modo geral, a insistência de Jesus em mostrar aquilo que já está claro. Isso se dá pelo fato de que as vezes está óbvio para a nossa cabeça/razão, mas ainda não está óbvio para o nosso coração. Por isso a mensagem de Jesus precisa ser repetida várias vezes para que o Evangelho saia da nossa cabeça e escorregue para o nosso coração.

Quando Francisco ouve a mensagem vinda do crucificado: “Vai e reconstroi a minha Igreja”, imediatamente ele começou a reconstrução da igreja material, porque era óbvio para ele isso. Porém quando essa mensagem ressoou em seu coração, ele entendeu que o Evangelho não mora em nossa cabeça, mas sim seu lugar é na ternura de nosso coração. 

Paz e Bem!

Fraternalmente, Frei Jhones

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