Nem Eu te condeno.

“Mulher, onde estão os que te acusavam? Ninguém te condenou?” Respondeu ela: “Ninguém, Senhor”!”, Disse-lhe então Jesus: “Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar!”. Ao me depara com esse Evangelho, fico a pensar o que se passou pela cabeça daquela mulher quando Jesus disse a ela que Ele não a condenava. Antes ela deveria estar apavorada pela situação na qual se encontrava, primeiramente pega em adultério, logo depois pessoas as suas voltas querendo apedrejá-la. Mas, dentre todos que ali estavam, uma pessoa conseguiu ver além de suas aparências. A mulher é jogada ao chão pelos acusadores, e essa pessoa se inclina e se coloca na mesma reta. Não a julgou de cima para baixou, mas fez um abaixamento para olhar além das suas aparências… Enxergou a sua alma. Quem seria capaz de atirar uma pedra naquela situação, pois se atirasse a pedra, logo essa pessoa também seria atingida.

Jesus Cristo é assim, abaixa-se e mostra um conosco. A mulher foi acolhida por Jesus, foi reconhecida por Jesus. E ali, toda caída no chão e Ele se colocando em sua frente ao se inclinar, levanta junto com ela. Possivelmente ao se levantar do chão, pegou a mão dessa mulher e a ajudou também. Isso tudo foi feito de modo passivo, pois ela se colocou nas mãos do Cristo. Quem é essa mulher? Somente a mulher do sexo feminino? NÃO… Cristo é o esposo dessa mulher-igreja. A Igreja é essa mulher, Cristo se rebaixou até ela, ou seja, Cristo se rebaixou, veio até nós e formou um corpo: a Igreja. Se antes esse povo estava errado, percorrendo caminhos transviados, Ele conduz esse povo, ergue esse povo, constitui esse povo – a Igreja. E a partir desse encontro entre mulher e homem, esposo e esposa, Cristo começa por em prática seu projeto. Quando constituiu a Igreja, não escolheu os perfeitos, mas os que estão a beira. E podemos ver tal escolha nessa mulher. Foi para ela, para essa Igreja e para essas pessoas que Jesus escolheu para ser seu continuador.

São Francisco se coloca igual a essa mulher, dizendo que devemos sempre estar sob a tutela da Igreja. Fico triste de ver como criticam a Igreja, como querem apedrejá-la novamente. Às vezes colocam-lhe falsas imagens, querem vestindo-a de uma coisa que não é ela… E Francisco diz para sermos súditos. Questionar a Igreja é algo normal, até Francisco questionou com a sua própria vida, agora apedrejar essa Igreja, colocar teoria que nada soma ou ajuda na vida espiritual, é querer apedrejar novamente a mulher, a esposa que Cristo esposo assumiu. Paz e Bem!

Deixe uma resposta