Escolha Fundamental

“Mas se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo.”

Essas palavras de Jesus parecem ser fortes demais. E são de fato. Conversão é mudança de vida, de rota. Quando Jesus diz isso, ele não está querendo nos colocar medo ou pavor, mas sim dizer que é necessário escolhermos qual direção irá convergir a nossa vida. Jesus é vida, por isso nos alerta de que se nós não convergirmos a ele, iremos morrer todos do mesmo modo. E qual modo é esse? É a chamada morte sem significado.

Pensemos assim: nós um dia nascemos, crescemos e morremos e ao longo da nossa vida iremos a todo o momento fazer escolhas. Escolhemos o que comemos, o que vestimos, com quem iremos dividir a nossa vida tanto no círculo de amizades quanto no ambiente de construção familiar, qual faculdade, emprego, e assim por diante. Podemos até chegar a afirmar que a nossa vida é pura escolha, pois sempre estamos diante de várias possibilidades de existência e a todo o momento estamos decidindo por algo. Esse decidir por algo é chamado de amadurecimento, pois na medida em que começamos a fazer as nossas escolhas e analisarmos as suas possíveis consequência, meu amigo, você pode comemorar porque você de fato está crescendo, ou melhor, criando juízo.

Entretanto, essas várias escolhas que estamos fazendo a todo o momento da nossa vida é chamada escolhas secundárias, pois elas não são vitais para a nossa existência, mas elas constroem a nossa existência. Agora existe aquilo que na Teologia Moral chamamos de Escolha Fundamental. Essa Escolha Fundamental é uma escolha vital na qual todas as outras escolhas irão depender dela. Essa Escolha Fundamental é algo tão forte que podemos dizer que quando eu faço essa escolha fundamental para a minha vida, toda a minha existência ganha sentido a partir dela, ou seja, a por meio dela eu vou me construindo e me realizando sem ser infiel.

Jesus nos propõe em Ele mesmo ser a Escolha Fundamental da nossa vida, essa opção é onde iremos realizar e construir toda a nossa existência. Essa opção fundamental da nossa vida, essa conversão para Jesus, é uma construção existencial. O homem não nasce pronto, pois a sua tarefa enquanto ser humano é se construir e Jesus é um projeto de construção, ouso dizer que é o projeto mais brilhante e completo que existe, pois esse projeto foi construindo a partir de muito suor e de sangue. Por isso Ele garante que se nos convertermos a ele, não morremos do mesmo modo que as outras pessoas, ou seja, morrer sem ter um sentindo fundante. Um vida vazia, sem significado, sem fundamento, é uma banalização dela.

São Francisco quando fundamentou a sua vida em Jesus Cristo, ele disse “A partir de hoje, Pedro Bernadone eu te chamei de Pai, agora só posso dizer Pai-Nosso que estais nos céus”, ou seja, Francisco não desprezou seu pai, mas sim entendeu que Pedro Bernadone somente podia ser pai por que o Pai-Nosso que estais nos céus havia lhe concedido essa graça. Com isso Francisco vai ao alicerce, vai e busca desse fundamento radicalmente. De que maneira ele vai? Fazendo penitência. A penitência na vida de Francisco, como também na nossa, é a parte mais importante, pois é por meio dessa que nós conseguimos tirar tudo o que nos atrapalhar de convergirmos a Cristo.

Que saibamos em nossa vida construir a nossa vida, para que no final de tudo possamos deixar um história e um testemunho de uma vida que foi realmente linda de ser vivida, pois havia nela FUNDAMENTO.

Paz e Bem!

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