“O que eu quero é germinar”

Um dia um amigo me perguntou:

Helô, quando foi exatamente o momento em que você sentiu que essa era a sua vocação?

Esse tipo de pergunta eu fazia a muitos colegas que já tinham entrado para algum convento ou seminário. A gente fica procurando o momento exato em que Deus “de fato” diz “Vem!”.

Mas isso acontece de forma muito gradativa na nossa vida. Deus tem sonhos para nós que já estão planejados muito antes de a gente nascer, e Ele vai colocando no nosso coração a curiosidade, o amor pela Igreja, pela oração e desenvolvendo nossos dons.

Quando mais nova, eu achava lindo o hábito das Irmãs, sempre gostei muito de cantar também, coisa que tive possibilidade de aperfeiçoamento na Igreja. Mais tarde fui pensando na chance de me consagrar religiosa como uma fuga de um mundo cruel, o que era muito errado e, nesse momento, aos 16 anos, resolvi me afastar um pouco da Igreja, porque senti que estava confundindo um pouco as coisas. Dessa forma só aparecia nas missas.

Aos 17, esse desejo de conhecer e viver uma vida consagrada voltou com mais força, com a certeza de que eu adoraria para sempre o dom da música a serviço dos irmãos, e de que eu já não estava mais fugindo do mundo ou qualquer coisa do tipo. Foi então que entrei em contato com as Irmãs Franciscanas de Dillingen, que é a espiritualidade que me faz feliz desde que fui integrante da Jufra do Brasil, na minha comunidade até 2015. A partir daí comecei um acompanhamento vocacional, que resultou em um convite da Irmã Superiora para ingressar no ano de 2018 no convento com elas.

Eu aceitei a experiência, hoje aqui estou muito feliz e o que eu quero é germinar!

Heloísa Nogueira,
Duque de Caxias/RJ

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