Reflexão do Evangelho do 16º Domingo do Tempo Comum

A creche!

“Ao desembarcar, Jesus viu uma numerosa multidão e teve compaixão, porque eram como ovelhas sem pastor. Começou, pois, a ensinar-lhes muitas coisas.” (Mc 6, 34).

Neste final de semana, Jesus olha para as multidões e tem compaixão, pois, afinal, pareciam como ovelhas que não têm pastor. O que isso significa? Para exemplificar, podemos ter a seguinte visão: imagine um local com muitas crianças correndo, sem um adulto por perto, uma creche sem as famosas “tias” que colocam ordem no local. A “bagunça” pode rapidamente levar a um acidente ou algo pior. Do mesmo modo, um bando de ovelhas sem um pastor não só fica perdido e sem orientação, mas também sem proteção, podendo ser atacado rapidamente pelo lobo feroz.

Quando Nosso Senhor Jesus Cristo diz isso, Ele tem em vista essa dupla preocupação: o medo da dispersão e a falta de proteção. A Igreja desempenha esse duplo papel: ela é, ao mesmo tempo, sinal de orientação, como uma mãe que educa seus filhos, e sinal de proteção, onde o redil de Cristo está seguro contra o lobo do mundo que tenta devorar nossa fé. Por isso, caminhar com a Igreja é o modo mais seguro e correto para chegarmos ao céu.

Os sacramentos desempenham muito bem esse papel de nos orientar e nos educar. Pelo “Batismo”, somos colocados no redil seguro da fé; pela “Eucaristia”, somos alimentados e direcionados a caminhar para a origem do alimento – o céu. Toda vez que caímos do caminho seguro, temos o sacramento da “Confissão”, que nos coloca novamente no caminho correto. Pelo sacramento da “Crisma”, nos são dados os dons do Espírito Santo, que nos capacita e ilumina. O sacramento do “Matrimônio” nos coloca na responsabilidade de caminhar sempre com alguém; já o sacramento da “Ordem” coloca os Pastores que nos orientam, santificam e governam o redil de Cristo. O sacramento da “Unção dos Enfermos” serve para curar as ovelhas que precisam de cuidados especiais. Paz e Bem!


Frei Jhones Lucas Martins

Deixe uma resposta