A Solenidade da Imaculada Conceição já era celebrada desde o século XI, e foi proclamada dogma da Santa Igreja em 1854. Se insere no contexto do Tempo do Advento, que une a espera messiânica do Cristo e também o seu retorno glorioso. Tempo litúrgico oportuno para louvar a Deus pelos feitos em Maria, a escolhida por Ele para trazer ao mundo Jesus, a salvação para toda a humanidade. Para nós, franciscanos, ela é Rainha e Padroeira, depois de Jesus, o amor do coração do nosso Pai, São Francisco, que nutria por ela grande carinho e confiança. É ela que sempre nos sustenta e intercede em nossas necessidades como irmãos e nos ajuda a caminhar na reta certa para Seu Divino Filho.
Celebrar a Imaculada Conceição é certamente ter a plena certeza de que Deus, em sua infinita bondade, preparou uma morada digna de Seu Filho, que quis se tornar humano como nós; e o sim de Maria geraria não somente a Jesus, mas a toda a humanidade e a cada um em seu coração. E que antes, durante e depois, permaneceu virgem, preservada de todo pecado. Como escreveu Frei Galvão e até hoje está escrito em suas pílulas ” depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: mãe de Deus, intercedei por nós”.
A potência do sim humilde, generoso e corajoso de Maria nos empurra para decidir também corajosamente por Seu filho, nos dias atuais em que tantos o repelem e a Seu Evangelho. Nos leva a enxergar o milagre nas coisas simples do dia a dia e entender que muitas vezes, Deus só precisa do nosso “ok” para seguir com seus planos em nossas vidas.
Maria, que podia tantas coisas, mas decidiu viver os planos de Deus, ensina-nos a chegar mais perto de Vosso Filho neste Advento, e como tu, possamos gerar em nosso coração o Senhor, sendo uma boa manjedoura para recebê-lo em nossas vidas. E recebendo Cristo, possamos amá-lo e enxerga-lo onde Ele realmente está: no irmão, na vontade de construir um mundo mais justo e fraterno e na solidariedade.
Ó Maria concebida sem pecado, Rogai por nós que recorremos a vós!
Ana Karenina