“Porque a todo aquele que tem será dado mais, e terá em abundância, mas aquele que nada têm, até o que tem lhe será tirado. Quanto a este servo inútil, jogai-o lá fora, na escuridão. Aí haverá choro e ranger de dentes” (Mt 24,30).
Neste fim de semana, o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, está propondo o Evangelho dos talentos.
Não podemos enterrar, mas sim produzir. Porém, só conseguimos produzir algo, se antes o talento produzir primeiramente algo em nós. Vejamos, uma semente antes de ser semente ela estava em uma árvore. Ou seja, antes da semente ser semente para produzir outra árvore, ela estava em outra árvore que produziu ela. Parece meio confuso, mas não é. Só se consegue produzir algo, porque antes algo se produziu em nós. E isso faz toda a diferença. Quando Deus tem talento em nós, primeiramente precisamos achá-lo em nós, cultivar em nós e somente após isso é que se é capaz de produzir frutos, multiplicar os talentos. Por isso, a primeira pergunta a se fazer: você sabe qual é seu talento?
E quanto digo talento, não estou esperando respostas como: ah, meu talento é falar mal da vida dos outros. Irmãos, isso não é talento, isso é um desastre! Talento tem a ver com algo que irá me auxiliar na minha salvação, edificar a minha alma e na busca da verdade única que é Deus. Após conseguir responder essa pergunta, vem a outra pergunta: estou enterrando isso ou colocando em prática? Porque o que é bom deve ser repartido, caso contrário é egoísmo. Não posso querer Deus só pra mim ou querer a salvação só pra mim.
Preciso necessariamente espelhar e cultivar, transbordar ao ponto de outras pessoas também quererem servir, amar e adorar a Deus. Se eu não faço isso é sinal que estou enterrando meus talentos e não estou produzindo. Não queremos ser servos inúteis, mas sim servos úteis a Deus, edificando a nossa alma e ajudando a edificar almas para Deus. Paz e Bem!
Frei Jhones