Dia 7 de setembro de 2023, 201 anos de Independência do Brasil. O evento que formalmente emancipou politicamente o Brasil de Portugal, fez com que o nosso país, o gigante da América do Sul fosse o último a sair da condição de colônia, e começou assim a estabelecer a identidade nacional e alicerces de uma nação soberana. Sim, não podemos tirar o marco histórico desta data e o quanto ela foi importante para progredirmos como país. Mas sem demagogias, será que temos um povo realmente livre?
O significado de independência quando falamos de um país são vários: liberdade, autonomia, autodeterminação; soberania, insubmissão, ausência de subordinação; bem-estar, fortuna, prosperidade, etc…; um país que se declara independente pode avançar mais economicamente, socialmente e trazer um futuro melhor pra sua gente, este último, o único motivo real de se fazer valer a liberdade, sem depender de outro país dizer o que pode ou não fazer. Perfeição de pensamento, que quando sai do plano das idéias encontra diversas barreiras para uma realidade plena.
Independência no campo da realidade, deve ser sinônimo de felicidade plena para o povo. Um país só pode ser independente e livre totalmente quando seus filhos não sofrerem mais com nenhum tipo de amarras, que nos sufocam e nos matam todos os dias, seja pela violência, pela fome, pela educação e pela cultura que não são valorizadas, dentre outros direitos básicos que fazem do Brasil um dos países mais desiguais do mundo.
Independência é liberdade para ser quem se deseja ser; para expressar sua opinião, para estudar, trabalhar, se alimentar e morar dignamente. Independência é a liberdade também de escutar o grito do outro irmão que pede ajuda e lhe dar acesso as suas necessidades. E isso não pode ser lembrado somente em um dia do ano, mas em todos, para que possamos estar atentos para colaborar, sempre para uma sociedade melhor.
Nesse sentido, a CNBB nos leva a reflexão neste ano, o 29º do “Grito dos excluídos” com o tema ’Vida em primeiro lugar”, e o lema, “Você tem fome e sede de quê?”, extremamente sugestivo e instigante. Afinal, em um país como o nosso, pra onde nossa fome e sede tem sido direcionadas? Para onde estamos indo como país? Quais são as nossas verdadeiras prioridades?
Em várias cidades do país, vários eventos acontecerão hoje para refletir sobre essa nossa jornada como país, sem esquecer que precisamos caminhar pra frente, juntos. Se na sua cidade estiver rolando um desses eventos e você pode ir, não perca tempo!
O direito a vida plena, sem nenhum tipo de ameaça deve ser a nossa meta. Não só para uma parte, mas para todos, sem distinção e não é utopia, é uma realidade muito mais próxima do que se imagina, olhando o que nosso generoso chão tem a nos oferecer, se resolvermos trabalhar em prol do bem comum. Ainda há muito o que caminhar para dizermos que somos um país livre e independente, e por consequência feliz plenamente; efetivamente muita coisa precisa mudar, mas é preciso começar. Comecemos então! Assim como nos diz nosso pai, São Francisco: “Comecemos, irmãos, pois até agora pouco ou nada fizemos.”
Não existem mãos mais importantes do que as nossas para que essa realidade possa existir. É através delas e dos nossos ouvidos que Deus quer se fazer presente, num milagre perene de amor, fraternidade e união nesse país. É contigo e comigo que Ele deseja contar. Qual será a nossa resposta?
Deus te abençoe!
Um abraço fraterno da Ana !