“O pai e a mãe de Jesus estavam admirados com o que diziam a respeito dele.”
(Lc 2, 33)
Celebramos o Natal do Senhor e neste domingo celebramos a Sagrada Família. A Sagrada Família não é somente a de Nazaré. Toda família é sagrada! Sagrada, pois: “Criando-a à sua imagem e conservando-a continuamente no ser, Deus inscreve na humanidade do homem e da mulher a vocação. E, assim, a capacidade e a responsabilidade do amor e da comunhão” (FAMILIARIS CONSORTIO, documento papal).
Se Deus é a fonte do amor e do sagrado, e inscreve no coração do homem e da mulher a capacidade e a responsabilidade do amor, logo o amor da família é o amor sagrado. Deste modo, cada família é uma continuidade do amor sagrado de Deus. Por isso, a família é moldada sobre uma arquitetura divina.
A família é sagrada na medida em que ela se percebe como uma continuidade do amor celeste de Deus na terra. Ver uma família na terra é entender que há uma família – Pai, Filho e Espírito Santo – no céu. Se o homem e a mulher são imagem e semelhança de Deus, a família é o reflexo divino. O homem é a força de Deus e a mulher a beleza divina.
A Ternura da mulher e o vigor do homem se completam em uma família, do mesmo modo que a Ternura de Deus Pai e o Vigor do Filho na União do Espírito completam a trindade em perfeita unidade. Do mesmo modo que em Deus não há divisão, em uma família também não deve ter. Quando falamos em família, não estamos pensando somente no ideal familiar – pai, mãe e filhos. Sabemos que muitas vezes as famílias são compostas por mães solteiras com seus filhos; avós e netos e etc. Entretanto, na diversidade de formas familiares que temos hoje, não podemos negar que, por mais plural que seja, o ideal é único: a vocação ao amor.
As famílias podem ser diversas em suas maneiras de se compor, porém a forma de amar a Deus e o servi-lo se reflete de maneira igual. Portanto: buscai sempre agradar a Deus e o servi-Lo com grande humildade, como canta nosso Pai São Francisco.
Paz e bem!
Frei Jhones