“O semeador saiu para semear” (Mt 13,3). Com certeza você já ouviu essa parábola na na catequese, na missa, ou em retiros e, quase sempre, partirmos da reflexão sobre o terreno que a semente caiu: a beira do caminho, o terreno pedregoso, no meio dos espinhos e por fim em uma terra boa. Mas eu gostaria de partir da reflexão não do terreno onde essas sementes caem, mas sim do semeador.
Todos nós, cristãos, somos semeadores da palavra de Deus, pois desde quando nascemos somos chamados a ouvir a sua palavra: na missa, na catequese, nos retiros, encontros e reuniões. Estamos a todo o momento ouvindo a palavra de Deus. Palavra essa que produz fruto em nós, e o fruto dessa palavra, nós semeamos no mundo. Portanto irmãos, cada um de nós somos semeadores da palavra de Deus. O que andamos semeando? O que andamos plantando nos corações dos irmãos que vivem ao nosso redor? Estamos sendo semeadores da palavra de Deus ou da discórdia? Estamos semeando o desejo de morte ou o desejo de vida? Estamos nos colocando como juízes ou como súditos de Deus?
Nós semeamos a palavra de Deus a todos e não cabe a nós decidirmos a quem essa palavra deve ser semeada, pois afirma São Paulo: “Deus não faz distinção de pessoas”. A todos nós foi dada a graça divina de semear a palavra de Deus, palavra essa que é o próprio Cristo. Irmãos, a todos foi dada a graça e não cabe a nós o julgamento dessa graça. Não somos nós que decidimos quem deve e quem não deve, mas a medida é próprio Deus. Semear a vida é semear a esperança em Deus, semear a morte é semear a esperança no homem. Em Deus colocamos a nossa fé e é em nome Dele que semeamos o amor.
Termino aqui com um canto dedicado a Santa Clara: “Faça poucas coisas, mas as faça bem”. Talvez não seremos grandes pregadores que irá semear a palavra de Deus para multidões de pessoas, mas se formos autênticos semeadores de Deus e se convertemos uma pessoa a fé com o nosso fruto, já terá válido toda a sua vida enquanto cristão.
Paz e Bem!