O trigo e a palha
“Ele virá com a pá na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha, ele queimará no fogo que não se apaga” (Lc 3, 17).
Neste terceiro domingo do advento, encontramos o Evangelho que Jesus fala sobre a separação, sobre a limpeza e o recolhimento do trigo. Em nossa vida sempre estamos fazendo escolhas de caminhos.
Existe uma liberdade pela qual Deus criou todos os seres humanos. A grandeza de Deus que é liberdade, Ele nos deixou. Somos livres para adorá-lo ou para recusar a adoração e o louvor a Deus (igual Lúcifer fez no céu). A frase: “não sou obrigado a nada” faz todo sentido, quando entendemos liberdade vista de modo genérico. Para que somos livres? Somos livres do pecado para poder amar a Deus o único e sumo bem da nossa vida, porque o contrário disso, seria declarar servidão aos vícios e a mediocridade. Infelizmente, devido a nossa liberdade, nós decidimos se seremos trigo ou palha, seremos livres para amar a Deus – que é a verdadeira liberdade – ou se seremos presos nos vícios nos tornando palha que não serve de nada e será queimada no final de tudo. O Juízo Final, o final da nossa história não está distante de nós, pelo contrário está diante de nós. É diante de nós que se encontra o nosso destino: trigo ou palha. Deus está a todo o momento querendo nos tornar trigo, para sermos no céu o pão da vida junto com seu Filho.
Mas, conforme disse, por uma falha na ideia de liberdade, escolhemos a mediocridade da palha. A palha, conforme o nome mesmo diz: é palha. Não serve para nada, não produz fruto, não produz nada. Diferente do trigo que produz pão. Mas cabe a nós cristãos pensar: o que quero para a minha vida enquanto católico?
Paz e Bem!
Frei Jhones