“Ele enviará os anjos aos quatro cantos da terra e reunirá os eleitos de Deus de uma extremidade à outra da terra” (Mc 13,27).
Neste 33º Domingo do Tempo Comum, a liturgia nos convida a refletir sobre o Evangelho que anuncia o fim dos tempos. Estamos nos últimos domingos do Ano Litúrgico; no próximo, celebraremos a Solenidade de Cristo Rei, e logo após iniciaremos o Tempo do Advento, tempo de preparação para o Natal do Senhor. É comum que as leituras deste período se concentrem no tema do fim e no que ele representa para a nossa fé.
O fim dos tempos não é motivo de desespero, mas de esperança para nós, cristãos. É o início de uma nova realidade, onde tudo será renovado em Deus. Como dizia Santa Teresinha: “A morte é o início da Vida”. Portanto, o fim não é um término absoluto, mas o começo de tudo, visto à luz da fé.
No Evangelho, Jesus nos revela que os anjos serão enviados à terra para reunir os eleitos, aqueles que viveram conforme a vontade de Deus e agora são dignos de entrar no descanso eterno. Os “anjos ceifadores” ou “colhedores” são os mesmos mencionados na parábola do trigo e do joio. Quando chegar o momento, eles separarão o joio do trigo e conduzirão os eleitos ao encontro definitivo com Deus.
Esse momento final, em que os anjos colherão os escolhidos, é um convite à vigilância. Como o próprio Jesus nos adverte: “Ficai atentos, porque não sabeis o dia nem a hora”. Não sabemos quando esses anjos virão, mas sabemos que é essencial estarmos preparados.
Preparar-se significa viver de forma coerente com os ensinamentos de Cristo, cultivar as virtudes e perseverar na fé. É a nossa vigilância constante que nos permitirá estar entre os eleitos e habitar para sempre no jardim do paraíso, ao lado dos santos e bem-aventurados.
Que este Evangelho nos inspire a cuidar do nosso espírito e a estar prontos para o momento em que o fim se tornar um novo começo.
Paz e Bem!
Frei Jhones Lucas Martins