“Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus”. Neste domingo, celebramos o dia de todos os santos, ou seja, a Igreja tem uma festa que celebra todos os santos juntos – aqueles que foram proclamados santos pela Igreja, bem como aqueles que ainda não foram proclamados santos. E quem são os santos? No Evangelho de São Mateus, capítulo 5, Jesus Cristo proclama que os bem-aventurados.
Em todas as “Bem-Aventuranças”, tem uma de modo específico que Jesus diz que os “puros de coração” são os que verão a Deus. Os santos são os puros de coração, aqueles que não tinham um olhar voltado para o uso das coisas, mas tinham um olhar para o céu, um olhar contemplativo. Os puros de coração são aqueles que não concentraram a sua riqueza na terra, mas acharam um tesouro imperecível no céu. Para que possa enxergar esse tesouro, se faz necessário a pureza do coração, um olhar sem malícia, um olhar que transcende a esse mundo. Ao lermos a vida de São Francisco de Assis é nítido seu olhar desinteressado, seu olhar puro para a criação. Em todas as coisas ele conseguia ver a obra do Criador. Ele chegava a tal ponto de ao olhar para a criação conseguir perceber cada criatura e louvar a Deus na sua própria natureza. Para isso, Francisco buscou a pureza de coração, um olhar não malicioso sobre as coisas, um olhar que conseguisse ver tudo e todos como irmãos e ele como uma obra prima da criação divina.
O olhar de Francisco é um olhar bem-aventurado, um olhar que possibilitou ver a Deus. O olhar puro de Francisco possibilitou também ver no leproso, o próprio Cristo desprezado e maltratado, o homem das dores. O olhar de pureza faz com que os santos em tudo vêem a Deus, enxerguem o Criador e vêem nas pessoas a imagem e semelhança de Deus. Portanto, procure em seu olhar ver a Deus em todas as coisas e em todas as criaturas. Paz e Bem!
Frei Jhones