Quais as diferenças entre catequista, educador e professor?

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O mês de outubro, repleto de comemorações, celebra o dia de Nossa Padroeira, Nossa Senhora Aparecida, o Dia das Crianças, o Mês das Santas Missões, o Dia do Idoso, entre tantas outras datas especiais. Mas hoje quero destacar o Dia dos Professores. E por que falar sobre o Dia dos Professores na coluna de Catequese do Conexão, se justamente afirmamos que Catequista não é professor? É sobre isso que quero refletir.

Recentemente, participei de um retiro com Frei Luís Flávio Cappio (Bispo Emérito da Diocese da Barra/BA). Junto à equipe de Coordenação de Catequese dos Colégios Bom Jesus, refletimos sobre as diferenças entre ser Professor, Educador e Catequista. As provocações ricas do Frei Luís me motivaram a compartilhar essas reflexões com vocês:

  • Professor: O professor é aquele que ensina, transmite conhecimento e conduz o aluno a explorar novos mundos e formas de interpretá-los. Ele repassa conteúdos que aprendeu e que são necessários, conforme diretrizes como a BNCC, redes de ensino ou o Estado. O professor apresenta esses conteúdos de maneira criativa, seja por métodos lúdicos, livros, artes ou o tradicional quadro de giz. E isso é algo extraordinário – admito que tenho uma admiração especial por essa profissão. No entanto, é importante lembrar que até figuras como Adolf Hitler tiveram professores.
  • Educador: O educador vai além de transmitir conhecimento; ele também promove o senso crítico e a consciência. Ele incentiva o aluno a desenvolver sua própria opinião, promovendo liberdade e autonomia de pensamento – como nos ensina Paulo Freire. Embora o educador mantenha uma ligação com a figura do professor, nem todo professor é um educador. Ser educador não exige necessariamente um diploma docente, pois, no desenvolvimento humano, todos podemos ser educadores. É o educador quem forma bons cidadãos e seres humanos íntegros.
  • Catequista: O catequista é a “cereja do bolo”. Ele conduz o catequizando ao primeiro encontro com Jesus. O catequista realiza o querigma, despertando e promovendo esse belo encontro de amor. Já pensou que o catequista pode ser comparado a um “cupido”? Como aquele anjinho que segura uma flecha com um coração na ponta, atingindo os apaixonados. De um lado, temos Jesus Cristo, apaixonado por cada criança, apenas aguardando ser “flechado” por esse amor que o catequista proporciona ao catequizando. E não se pode falar daquilo que não se conhece, que não se experimentou.

Ser catequista não exige diploma de curso superior nem estudos técnicos – conheço idosos por quem tiro o chapéu pela sabedoria com que falam das coisas do alto. Não é necessário fazer malabarismos ou gastar muito dinheiro – o essencial é falar com o coração. Ser catequista é amar, simplesmente amar “Aquele que não é amado”, como dizia São Francisco. Portanto, seja catequista por amor!


Mari Rogoski

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