Com certeza já vimos em desenhos animados ou em outras ocasiões a ideia de uma fonte da juventude. Tal proposta surge na mitologia romana com a deusa Juventas (correspondente à deusa Hebe da mitologia grega). Ela tinha o poder de oferecer um líquido precioso que mantinha as pessoas sempre mais “jovens” e daí deriva o termo juventude. E a juventude não é só uma faixa etária. É uma oportunidade de aprendizado. Há quem diga que sempre seremos jovens, mas não é verdade. Ao passo que vamos atravessando o correr dos dias, também vamos modificando esse tempo e passando por ele. Não há um néctar da deusa que nos manterá para sempre jovens em idade. O calendário passará.
Mas isso é certeza de que a vida tem a sua dinâmica e a sabedoria consiste em saborear cada momento, aprender em cada situação. Não seremos jovens pra sempre, mas seremos humanos enquanto o tempo de nossa peregrinação durar. E nesse sentido, como em toda a idade, podemos acertar e errar, aprender e ensinar. Mas um elemento é sempre importante: acolher-se. Embora nem sempre fazemos o bem que queremos, é fato de que precisamos aprender com cada circunstância observando que não há quem não passe na vida com acertos e erros. Doloroso será quem idealizar uma perfeição inexistente. Feliz será quem saborear o processo.
Assim, entenderemos a dinâmica de Deus. Ele não restaura a juventude até porque não precisamos disso. O seu querer é que experimentemos o seu amor e nessa lógica, vivamos a partir dele. Por isso haverá sempre juventude naquele que observar a vida como dom e oportunidade, como acolhida nos acertos e erros, na sabedoria de que cada dia é uma oportunidade para aprender mais. É de Deus, portanto, que nos vem, a fonte da eterna capacidade de ver a vida como um pulsar de aprendizados!
Frei Gabriel Dellandrea