Doação de roupas

“Escutai, todos, e compreendei: o que torna impuro o homem não é o que entra nele vindo de fora, mas o que sai de seu interior. Pois é dentro do coração humano que saem as más intenções, imoralidades, ambição, desmedida, maldades, fraudes, devassidão, inveja, calúnia, orgulho e falta de juízo” (Mc 7, 15. 21-21). 

No Evangelho deste fim de semana, alguns fariseus indagaram Jesus o porque alguns de seus discípulos não realizarem o rito de purificação para se sentar à mesa. Tal rito é previsto nas leis judaicas para não ficar impuro. Daí Jesus, em sua maestria responde a eles dizendo o que torna alguém impuro é a intenção má do coração. Às vezes, aparentemente, uma ação é boa, mas a intenção que aquela ação carrega é má porque a pessoa está impura de coração. 

Quando Jesus coloca isso, Ele deixa bem claro que para uma ação ser boa em nossa vida, a vontade interna e a ação externa precisam andar juntas. Por exemplo: uma pessoa que doar roupas para umas pessoas. Num primeiro momento essa ação é muito bonita, externamente é algo puro e sem problemas. Porém, em seu coração habita outra coisa, pois ele quer doar roupas para poder se promover e para que todos aplaudam a sua atitude. Ou seja, habita uma imoralidade em seu coração. A ação é bonita? Sim! A intenção é pura? Não! Deste modo, toda a ação passa a ser algo impuro porque carrega uma intenção impura. Isso acontece mais do que imaginamos porque nosso coração vive apegado a segundas intenções. Para tal ação ser pura – interna e externamente – o coração precisa estar desapegado de inclinações e maquinações. 

Portanto irmãos, São Francisco nos apontou um caminho: a pobreza. A pobreza franciscana não é material, mas sim é caminho de desapego para que nossas intenções não sejam impuras e más! Paz e Bem! 


Frei Jhones

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