A Videira e os Ramos
“Eu sou a videira verdadeira, e meu Pai é o agricultor” (Jo 15, 1).
No Evangelho, deste quinto domingo da Páscoa, Jesus se intitula como a Videira Verdadeira. Na semana passada, Ele disse que era o Bom Pastor, dizendo que Ele daria a vida por suas ovelhas; no de hoje, ao dizer que ele é a Videira Verdadeira, Ele está dizendo que a nossa vida está agarrada na Dele. Agarra, pois afinal se Ele é a Videira, nós somos os ramos. Os ramos estão juntos, enxertados, amarrados, juntos ao tronco da Videira. Assim, como as mãos e os pés estão unidos ao corpo, assim os ramos estão unidos na Videira, assim nós estamos unidos em Deus.
O nosso batismo é um nascimento, é como se a cada batizado um ramo, novo nasça na Videira Verdadeira que é Nosso Senhor Jesus Cristo. Contudo, Nosso Senhor é a Videira e o Pai é o agricultor. É o Pai quem poda os ramos ruins que não dão frutos, por outro lado Ele limpa todo aquele que dá fruto. Deste modo, percebemos que mesmo a nossa vida estando unida a Deus, ela pode não produzir fruto, afinal o ramo precisa fazer a parte dele. A parte do ramo é se alimentar da Videira Verdadeira.
A seiva que corre no tronco da videira joga nos ramos, mas a seiva da Videira Verdadeira, os ramos, precisam querer se alimentar. É justamente por isso que ela é a Verdadeira para mostrar que o alimento que ela fornece, a seiva preciosa que corre nela é algo que somente os ramos limpos podem beber. Não tem como um ramo doente, sujo e cheio de fungos, beber da Verdadeira Videira. Por isso, exige a nossa parte, de se limpar. Os ramos se limpam quando eles: tem vida sacramental, rezam, buscam ouvir a voz do Bom Pastor, praticam as obras de caridades. Beber da seiva Divina exige o nosso esforço. Por isso um outro esforço que Jesus ainda nos ensina em seu Evangelho é de: Permanecer. Num mundo onde todos os instantes somos agitados pelos ventos, permanecer unido a videira é algo bem exigente. Portanto, permaneçamos em Deus para não ser desprendido da Videira Verdadeira.