Posted by Feche as Janelas
“E disse aos que vendiam pombas: ‘Tira isso daqui! Não faça da casa de meu Pai uma casa de comércio!’. Seus discípulos lembraram mais tarde que a Escritura diz: ‘O Zelo por tua casa me consumirá’”. (Jo 2, 16-17).
No Evangelho deste terceiro domingo da quaresma, Jesus fica perturbado ao entrar no Templo e achar vários vendedores profanando o lugar com vendas irregulares. Porém, no final do Evangelho, Jesus continua dizendo “Destruís esse Templo e eu o reconstruirei em 3 dias” (Jo 2, 19).
Nosso Senhor Jesus Cristo estava sim falando do Templo físico, mas também estava falando do Templo Corpo. Precisamos além de tudo ser zelosos com nosso templo corpo que habita a nossa alma. Há muitos “comércios irregulares” que também afetam e profanam o nosso corpo, corroendo assim a nossa alma. “O Zelo por tua casa se consumirá”, qual casa? O nosso corpo, pois quando deixamos de “cuidar” do corpo que é a janela da alma, logo a nossa alma será danificada, profanada e perdida.
Por isso, o alerta que Jesus nos coloca no Evangelho é algo muito mais profundo que o Templo Físico, Ele nos alerta para o zelo do nosso corpo em função de não perder a nossa alma. Por isso uma necessidade de purificação dos 5 sentidos do nosso corpo: ouvido, paladar, olfato, visão, tato. Os sentidos são as janelas da alma e são neles que devemos reclinar a nossa atenção. Quando se formam nuvens de chuva uma das primeiras coisas que vemos é: se tem roupa no varal e se a janela está fechada. Se está aberta logo vamos fechá-la para que não molhe a casa por dentro. De igual modo funcionam as janelas do sentido do nosso corpo. Tudo o que corrói, estraga, “molha” a nossa alma deve então se fechar, garantido assim que não se estrague a alma que estava limpa e pura.
Por isso, algumas janelas do nosso sentido precisam ser “fechadas”, ou seja, precisa ser purificada para que nem tudo o que eu vejo, sinto, escuto, toco e experimento deva ser levado para dentro da alma, corroendo-a e deixando ela doente. Fechemos as janelas, até a chuva passar. Paz e bem!
Frei Jhones