“Assim os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão os últimos” (Mt 20,16).
O Evangelho deste domingo humanamente é impossível compreender. Jesus conta a parábola de um homem que contrata um ajudante de manhã, outro ajudante à tarde e um ajudante no final da tarde e paga a todos igual, pois afinal o preço pelo trabalho foi contratado igual para todos.
Humanamente iremos pensar que isso foi uma injustiça, afinal quem trabalha mais deve receber mais. Lembro que quando eu recebi o meu primeiro salário, quando eu trabalhava numa confecção de jeans, eu fiquei feliz pois era o primeiro dinheiro recebido pelo meu trabalho, mas triste porque parecia que eu tinha trabalhado mais que uma outra pessoa que recebeu mais que eu e feito menos que eu. Esse sentimento de frustração é inevitável, somos humanos. Mas como falado, este Evangelho não pode ser entendido humanamente, precisamos do dado da fé. Primeiramente, qual é a “moeda” que Jesus Cristo nos “contratou”? A salvação! Deste modo, a salvação é para todos, desde aqueles que estão na Igreja desde quando nasceu como aqueles que acabaram de chegar. Ambos estão sendo “comprados” por um grande preço, o sangue de Jesus. Por isso, quanto mais estamos caminhando na Igreja mais estamos amadurecendo a nossa fé, porém aquele que acabou de chegar também tem o direito de amadurecer a sua fé tal como eu.
Não podemos excluir a possibilidade de mudança de vida das pessoas. Tem pessoas que somente entenderão quem é Deus e tudo o que fez por nós com o passar do tempo. Por isso, todos têm a possibilidade de mudanças, podemos até nascer de um jeito, mas quem decide não mudar ou mudar, somos nós.
Frei Jhones