“Por entre aclamações Deus se elevou, o Senhor subiu ao toque da trombeta” (Salmo 46, 1).
Neste domingo, celebramos a Ascensão do Senhor, ou seja, o dia que Jesus subiu ao céu de corpo e de alma.
Após sua ressurreição, Jesus ficou 40 dias com seus discípulos e após esse período, Ele se elevou aos céus. “Naquele tempo, os onze discípulos foram para a Galileia, ao monte que Jesus lhe havia indicado… ‘Eis que estou convosco todos os dias, até o fim do mundo’” (Mt 28, 16 e 20b). Por que onze estavam reunidos? Doze é o número perfeito, afinal: 12 são os apóstolos; 12 são os cestos que sobraram da multiplicação dos pães; 12 são os filhos de Jacó; a mulher do apocalipse tinha uma coroa com 12 estrelas. Mas, no Evangelho, se fala somente em 11, por que não 12? Sabemos que um foi o que traiu Jesus: Judas Iscariotes. Após a traição, os onze se reúnem e vê seu mestre partir para o céu. O “time” não está completo, pois a comunidade de discípulos não é feita de homens perfeitos, mas sim de homens que querem ser a perfeição. São feitas de 11, ou seja, são feitas de homens que buscam ser 12, que buscam ser perfeitos.
A Igreja é feita de homens que buscam a perfeição, que buscam a santidade. Deste modo, a Igreja tem 12 fundamentos que sim, são os doze apóstolos, porém, a Igreja é feita de homens e para os homens, deste modo a Igreja humana são 11, pois está caminhando para a perfeição. Seremos 12 somente quando atingirmos o céu! 12 é a nossa meta, a perfeição é tudo aquilo que realmente desejamos, mas somente na eternidade é que conseguiremos chegar a essa meta. Enquanto caminhamos na terra, somos limitados, precisamos dos sacramentos da Igreja que nos auxiliam em nossa caminhada. Onde nos encontraremos na eternidade, a Jerusalém celeste definitiva, onde seremos 12, seremos perfeitos. No céu todos nós seremos perfeitos.
Paz e bem!
Frei Jhones