“Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus… Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?” (Lc 24,31-32).
Neste fim de semana, estamos celebrando o terceiro domingo da Páscoa e temos a bela passagem intitulada de: “Caminho dos discípulos de Emaús”. Ao olhar para essa passagem podemos fazer a seguinte pergunta: Não estava óbvio para aqueles discípulos que aquele homem era Jesus? Vejamos, se nós conhecêssemos Jesus, certamente saberíamos quem estava caminhando conosco. Então, porque não estava evidente assim para aqueles discípulos?
Nem tudo o que é óbvio está evidente! Tem coisas em nossa vida que podemos olhar várias vezes e mesmo assim não conseguimos enxergar o óbvio, às vezes alguém de fora precisa nos mostrar aquilo que está claro. E por vezes, somos nós que precisamos dizer o óbvio para as pessoas. A nossa falta de fé nos faz escurecemos a visão para o óbvio em nossa vida: Deus. Para quem tem fé parece tolice, as pessoas que se guiam por astros, signos e afins. De fato é tolice, mas para quem é cego diante do óbvio, não consegue perceber. Porém, os discípulos de Emaús nos ensinam outras coisas: “Não estava ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho e nos explicava as Escrituras?”.
Por mais que o óbvio às vezes não esteja evidente para todos, há sempre um censo de verdade em nossos corações, ou seja, podemos fugir de Deus tapando nossos olhos com tolices, mas se pararmos para analisar a nossa vida veremos que sempre Deus esteve conosco. Arder o coração é perceber que mesmo cegos para o óbvio que é Deus a mão de Deus não nos desampara. Paz e Bem!
Frei Jhones