Extraordinário

   “Chegou uma mulher da Samaria para tirar água. Jesus lhe disse: ‘Dá-me de beber’ ” (Jo 4,5).

Neste final de semana, celebramos o 3º Domingo do Tempo da Quaresma, com o belo Evangelho do diálogo entre a mulher samaritana e Jesus. Esse diálogo é marcado por simbolismos tão ricos e profundos que seria necessário vários textos para falar tudo sobre ele. Porém, gostaria de ficar somente nessa primeira frase que Jesus diz para a mulher: “Dá-me de beber”. 

Por que afinal, Jesus pede a uma mulher samaritana, possivelmente uma prostituta, água? Sabemos que no decorrer do diálogo Jesus se revela como a água viva que mata a nossa sede vital. A nossa grande sede é morta pela água viva que é Jesus Cristo. Penso, ao olhar para esse diálogo, que Jesus ao pedir água para aquela mulher desprezada por todos, nos mostra que de quem se menos espera, Deus faz grandes coisas.

Como uma mulher samaritana daria de beber para Jesus, o Deus encarnado?

Podemos mudar a pergunta e dizer: como é que de tal pessoa (às vezes a mais vil ou desprezível) pode vir algo bom? Nunca sabemos a maneira como Deus opera e realiza as coisas, mas sabemos que Deus tem a sua maneira de agir na história. Deus coloca pessoas, fatos, ações em nossa volta para mostrar algo para nós. Nunca algo é à toa o que Deus tem para nos mostrar. Se fossemos olhar para essa cena sem os olhos da fé, acharíamos no mínimo estranho, porém, quando olhamos para esse diálogo com os olhos da fé percebemos que Deus sempre tem algo para nos mostrar. O mostrar de Deus nem sempre é de onde esperamos, pois Deus mostra a sua extraordinariedade de onde menos se espera. Portanto, irmãos fiquem atentos que de onde menos se espera Deus esta comunicando algo para nós. Paz e Bem!

Frei Jhones

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