Caros irmãos e irmãs, estimados jovens franciscanos, Paz e Bem!
Neste final de semana celebramos o 7º Domingo do Tempo Comum e já nos aproximamos do Tempo da Quaresma, que terá início com a celebração da Quarta-feira de Cinzas (22/02).
A 1ª leitura do livro de Levítico (19,1-2.17-18) nos apresenta um convite para a santidade: “Sede santos porque eu, vosso Deus, sou santo” (v.2). O convite para imitar a santidade de Deus tem como consequência o amor ao próximo, ao ponto de amá-lo como a nós mesmos. Por isso, excluí o ódio e a vingança e exige de nós jovens e cristãos que nos preocupemos com o outro, sendo solidários e fraternos, na busca da vocação à santidade. Esse ideal nasce de nossa igualdade e é o ponto de encontro de Deus com o homens e dos homens entre si.
Já na 2ª leitura de I Coríntios (3,16-23), ouvimos o apóstolo Paulo manifestando o desejo de que a comunidade de corinto seja livre para servir a Cristo, e por meio Dele, a Deus, meta de toda nossa vida cristã. “Vós sois de Cristo, e Cristo é de Deus” (v. 23). Portanto, a santidade de Deus (cf. Lv 19, 1-2) que habita em nós (1Cor 3,16-17), nos provoca para a vivência da caridade fraterna tendo como intuito último conduzir todos os fiéis a Cristo Jesus.
O Evangelho (Mt 5, 38-48) apresenta provocações e paradoxos em relação às práticas habituais:
“Vocês ouviram o que foi dito: ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, lhes digo: não se vinguem de quem fez o mal a vocês. Pelo contrário: se alguém lhe dá um tapa na face direita, ofereça também a esquerda”
(v. 38-39)
“Amai-vos uns aos outros”: este é o mandamento que Jesus anuncia no Evangelho. Este amor ao próximo deve estender-se a todos, inclusive aos inimigos. Deve exprimir-se de maneira mais concreta, em especial para além daqueles que já nos querem bem ou que já amamos. Se assim fosse, seria muito fácil! Eis diante de nós mais um belo desafio que exige altruísmo, paciência e sabedoria.
Portanto, caros irmãos e irmãs, mais uma vez somos convidados a sermos portadores de uma atitude nova. O autêntico amor não tem fronteiras, cor, raça, gênero, preconceito ou classe social. Não é um amor sentimentalista, mas sim um amor que deve ser oferecido a todos e que está baseado nos valores e virtudes franciscanas de respeito, misericórdia, direito e justiça.
Frei Augusto Luiz Gabriel
Imagem: Ruan Marcos – Santuário Frei Galvão | Guaratinguetá – SP, 2023