“Naquele tempo, os pastores foram às pressas a Belém e encontraram Maria e José, e o recém-nascido deitado na manjedoura”
(Lc 2, 16)
Hoje, primeiro dia do ano civil, a Igreja celebra “Santa Maria, Mãe de Deus”. Hoje é o dia da mãe do Senhor! Tal festa da Igreja nos faz refletir sobre a dupla natureza de Cristo. Como assim?
Sabemos que Jesus é o Filho de Deus, deste modo Ele é igual a seu pai enquanto natureza, ou seja, Ele é divino! De igual modo podemos pensar assim: cada um de nós é uma pessoa, mas todos nós temos uma natureza humana. Porém, Jesus ao nascer no ventre de Maria, Ele assume outra natureza. Ele já era divino desde sempre e a partir da encarnação também passa a ser humano. Deste modo, podemos concluir que Jesus é Divino e Humano ao mesmo tempo. Portanto, chamar Maria de Mãe de Deus é dizer que Maria é Mãe do Filho de Deus, na qual ela emprestou da sua carne, do seu ventre, para gerar a natureza humana de Jesus. Tal milagre divino é algo tão profundo que é impossível compreender sem ter fé. A fé é necessária não para entender o milagre, mas sim para celebrar o milagre. Nós celebramos a nossa fé e buscamos conhecer sempre, mas entender foge a nossa capacidade humana.
Assim é tudo o que acontece na nossa vida de Igreja, por exemplo: como entender que esse mesmo Jesus que celebramos a poucos dias o seu Natal é o mesmo que morreu na cruz e é o mesmo que se fez pão para alimentar a nossa alma? Impossível compreender tal mistério sem a luz da fé guiando a nossa vida. Quanto mais eu procuro ser iluminado por Deus, mais eu consigo celebrar melhor a minha fé. Tudo isso nos chamamos na Igreja de: via de santidade. Ser santo é buscar a santidade que está em Deus, para tal, eu preciso conhecer a santidade de Deus, para isso, eu preciso ser iluminado. Paz e Bem!
Frei Jhones