No Evangelho deste fim de semana, Jesus nos conta uma parábola sobre um homem rico, que esbanjou seus bens com roupas finas, e um pobre chamado Lázaro, cheio de feridas, que inclusive os cachorros lambê-las. Ambos morreram, o rico foi conduzido à região dos mortos e Lázaro foi conduzido ao seio de Abraão. O rico era atormentado e pedia para que Abraão mandasse Lázaro molhar seus lábios para refrescar sua língua. Porém, Abraão responde ao rico que ele já recebeu sua recompensa em vida e Lázaro por suas vezes os males. Agora, Lázaro recebe a recompensa eterna, enquanto o rico recebe a condenação eterna. O rico ao ouvir isso de Abraão, pede a ele para que envie Lázaro a seus familiares para avisá-los sobre isso e preveni-los. Porém, Abraão respondeu:
“Se não escutam a Moisés, nem aos profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos”,
(Lc 16, 31)
Na parábola proposta por Jesus, neste fim de semana, poderíamos refletir a partir de uma frase: “Nem que eu desenha ele entende”. Ou seja, muitas vezes Deus dá tanto sinais, mais tantos sinais e nós nem percebemos. Sabe por que não percebemos? Porque a nossa visão está deturpada pela corrupção dos olhos! Nossos olhos foram comprometidos com a verdade, vivemos na ilusão da vida. É como um bolo muito bonito por fora, mas quando começamos a comer nos decepcionamos. Um bolo bonito por fora e no primeiro bocado percebemos que é um bolo de abacaxi, ninguém merece. Fomos iludidos achando que era um bolo bonito e era… mas era de abacaxi por dentro.
Lázaro fez sua opção em esperar e não ficar iludido pelas belezas externas das coisas, pois aquele que tem os olhos fixos em Deus consegue ver para além das aparências. De igual modo, Francisco no célebre encontro com o leproso. Francisco enxergava uma beleza interna, via o próprio Cristo naquelas lepras.
Irmãos, não nos deixemos enganar igual ao rico. Façamos igual Lázaro que viu além das aparências e esperou sua recompensa nos céus. Paz e Bem!
Frei Jhones