“Senhor, ensina-nos a rezar”
(Lc 11, 1)
No Evangelho deste fim de semana, temos os discípulos de Jesus pedindo para que Ele os ensine a rezar. Que gesto bonito! Lembro que antes de fazer a opção pela vida religiosa Franciscana, eu fui costureiro. Porém, eu não sabia costurar e precisei pedir para minha ex-chefe: “Me ensine a costurar”. E ela com toda a paciência ensinou-me o ofício de costureiro. De modo igual vejo os discípulos de Jesus, pedindo para seu mestre que os ensine. E Jesus, como um bom mestre e de um amor tamanho, pelos seus apóstolos, ensina a mais profunda e bela oração cristã: Pai Nosso!
Chamar a Deus de Pai é trazer um triplo significado: o Pai é o criador, ou seja, foi Ele quem nos fez; Pai é quem ampara, afinal, na oração se pede o pão nosso de cada dia nos daí hoje, ou seja, ampara seus filhos que somos nós, para que tenhamos sustento; Pai é relação de carinho, pois chamar a Deus de Pai e perceber que Deus é tão próximo que soa como um familiar, ou seja, como um Pai. Deus é Pai. Quem nos ensina a chamar Deus assim é o seu próprio Filho, Jesus Cristo. Sendo assim, Jesus nos abre a porta para que todos nós pudéssemos entrar no coração de Deus. Jesus nos aproxima de nosso criador. Por isso, chamar Deus de Pai é entrar no coração de Deus, é elevar o nosso coração aos céus.
Por outro lado, chamar e reconhecer Deus como Pai é também perceber que somos irmãos uns dos outros. É entender que nessa família, que Jesus nos convida a fazer parte, todos podem participar. É uma família de inclusão, não de exclusão. Entretanto, para fazer parte dessa família, Deus nos pede somente uma coisa: caminhar sob a ação do seu Espírito. Para fazer parte da família de Deus e chamá-lo de Pai, é necessário estar na vida de graça, participar daquilo que Ele nos deixou de mais lindo: A Santa Missa! Saibamos chamar a Deus de Pai e buscar sempre o caminho do Senhor!
Frei Jhones