‘Quem é o meu próximo?’ “Aquele que usou de misericórdia para com ele” Então Jesus lhe disse: ‘Vai e faz o mesmo’. No Evangelho deste fim de semana, temos a bela passagem da parábola do Bom Samaritano.
(Lc 10, 29 e 37)
A parábola é contada, por Jesus, a um jovem como forma de resposta à primeira pergunta:
“Quem é o meu próximo?”. Uma pergunta provocativa como essa, nos faz pensar quem é o nosso próximo. Às vezes o nosso próximo é o invisível. Já percebeu que muitas vezes várias pessoas passam por nós e não vemos?! Temos vários “invisíveis” em nossas vidas! Várias pessoas que não vemos, mesmo nos “encontramos” várias vezes por dia.
Essa reflexão serve como alerta, nos mostra como andamos presos em nossas vidas e esquecemos de olhar para o lado. Presos em nossos celulares, presos em nossas vontades… Essa prisão faz com que, facilmente, caímos numa indiferença. Exemplo: a pessoa que senta ao nosso lado no ônibus é meu próximo. Porém, ela está invisível! O sentir-se indiferente, faz com que percamos a sensibilidade da vida, a empatia e amor ao próximo. Por isso, Jesus responde que para sabermos quem é o próximo, precisamos estar abertos à misericórdia. Somente a misericórdia é o remédio da indiferença que encontramos ao nosso próximo. É a misericórdia que faz com que pessoas invisíveis, se tornem visíveis.
Irmãos, o nosso próximo é a pessoa que menos esperamos e menos pode retribuir por alguma coisa. Veja a parábola do Bom Samaritano: O último que usou de misericórdia para com a pessoa que foi roubada, não quis nada em troca, e nem esperou para agradecer. Ser próximo de alguém, não quer dizer que o próximo vai ser seu próximo. Ou seja, amar, respeitar e ser bom são coisas que cada um de nós deve fazer sem esperar que o outro retribua. Sendo assim, ser próximo do outro não é cobrar para que o outro seja o seu próximo. Deste modo, essa liberdade é misericórdia. Se houver cobrança, já é querer receber recompensa. Por isso, em outro Evangelho, Jesus nos pede para fazer a boa obra em segredo, porque é o Deus que está no oculto quem dá a recompensa. Paz e Bem!
Frei Jhones