“A Paz esteja convosco. Recebei o Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhe serão retidos. Se eu não vi a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei. ‘Meu Senhor e meu Deus”
(Jo 20)
Caros irmãos, no 2º Domingo da Oitava da Páscoa, vemos no Evangelho, Jesus indo ao encontro dos discípulos reunidos no cenáculo. Quando Jesus chega próximo a eles, Jesus diz: A paz esteja convosco. Desejar a “Paz” é o cumprimento dos cristãos. Entretanto, para desejar a “Paz”, precisamos ter paz, pois ninguém oferece aquilo que não tem.
A seguir, Jesus sopra o Espírito Santo sobre eles e lhes dá o mandato do perdão dos pecados, nos mostrando assim que quem perdoa o pecado é Deus por meio do seu Espírito. Sendo assim, no sacramento da confissão o perdão dado é realizado por meio do sacerdote, mas quem realiza é Deus. Por fim nesse Evangelho temos a famosa passagem de Tomé que precisava “ver para crer”.
Meus irmãos, não é que Tomé não tem fé, mas sim que ele precisava ver para que sua fé fosse autêntica. Tomé precisava de um sinal. Se Tomé esperava um “sinal” não significa que não tem fé, mas sim que ainda era imatura. Sendo assim, Jesus não o reprende pelo fato de Tomé querer um sinal, mas repreende pelo fato de Tomé ser imaturo.
Precisamos amadurecer a nossa fé e isso se faz de um passo de cada vez. Primeiro reconheçamos a Deus por meio dos sinais, ou seja, por meio das coisas que Deus faz: a natureza, a vida, o ar que respiramos etc.. O segundo passo é reconhecer Ele a partir daquilo que Ele fez por nós: salvou-nos. Por fim, o terceiro passo é por tudo louvar a Deus sem esperar nada em troca. Os passos que vão sendo dados nos amadurece e faz com que a nossa fé chegue ao ponto de exclamar igual a Tomé: “Meu Senhor e meu Deus” ou igual a São Francisco: “Meu Deus e meu tudo”.
Paz e Bem!
Frei Jhones