“Por isso quando deres esmola, não toques trombeta diante de ti… quando orardes, entra em teu quarto, fecha a porta e reza a teu Pai no oculto…quando jejuares perfuma a cabeça e lava o rosto”
(Mt 6, 1-16, 16-18).
Meus irmãos, celebramos hoje Quarta-feira de Cinzas. Um tempo de esmola, oração e jejum. As cinzas nos lembram que somos pó e que pó nós seremos um dia. Deste modo, as cinzas nos fazem lembrar que a nossa vida é passageira e que a nossa morada definitiva é o céu. Essa vida passageira na terra é um contraste com a eternidade no céu. Sendo assim, a Igreja propõe os exercícios quaresmais de esmola, oração e jejum. Esses exercícios nos ajudam muito a descobrir a nossa pequenez – pela esmola; a nossa dependência de Deus – pela oração; e rever a nossa disciplina – pelo jejum.
Somos todos convidados, durante o período da quaresma, a refletirmos sobre esses três pontos: pequenez, dependência e disciplina. Com a pequenez podemos refletir quão passageira é nossa vida na terra e que a mesquinhez é algo que nos adoece. Por isso, se propõe o exercício da esmola, uma doação tanto material quanto de si mesmo aos outros. Por meio da nossa dependência de Deus, percebemos que viemos Dele e um dia voltaremos ao nosso Criador. Portanto, o exercício da oração é a forma com a qual eu me comunico com Aquele que me deu a vida. Entretanto, sabemos que algumas vezes nos desviamos do céu, deste modo, temos o exercício do jejum, que nos coloca em uma disciplina para avaliarmos a nossa caminhada na terra e nos disciplinarmos para ganharmos o céu.
A proposta da esmola, oração e jejum que a quaresma nos convida a fazer é uma caminhada, onde somos convidados a nos abaixar, para que o Cristo ressuscitado nos convida a ficarmos de pé com Ele na sua ressurreição. Saibamos irmãos, a viver com um espírito de profunda oração, esmola e jejum a Santa Quaresma. Para se preparar bem para esses momentos, eu digo três coisas: faça um bom exame de consciência pedindo o sacramento da confissão; procure o sacramento da eucaristia tanto quanto for possível e pratique a caridade para com Deus, com o próximo e consigo. Paz e Bem!
Um abraço fraterno.
Frei Jhones Lucas Martins