Em Fraternidade: “Feliz de quem encontra e abraça sua vocação”

A edição do Em Fraternidade deste mês de julho recebe com muita alegria a franciscana Irmã Claudete Funes, da Congregação das Irmãs de Nossa Senhora de Fátima. Natural de Concórdia (SC), é filha de Avelino Funes e Maria Leonora Longo Funes. Irmã Claudete é de uma família grande, de 11 irmãos, sendo ela a penúltima dos filhos.

Desde 2014, participa dos eventos do Serviço de Animação Vocacional (SAV) da Província da Imaculada Conceição do Brasil. Na verdade, ela não perde por nada, desde às Caminhadas bem como às Missões Franciscanas da Juventude. É uma presença sempre animada entre os nossos jovens.

Irmã Claudede durante uma das edições da Caminhada Franciscana. Foto: Acervo Pessoal.

Atualmente reside no Rio de Janeiro (RJ), e atua na missão da Paróquia Imaculada Conceição do Recreio, sendo presença religiosa na Igreja e ajudando nas Pastorais e movimentos da Paróquia, como a pastoral vocacional, círculo bíblico, pastoral de rua e movimento abraço cristã (LGBTQIA+). Também faz atendimento na Capela São Tarcísio. 

Irmã Claudete explica que a Congregação Brasileira foi fundada em Campos do Jordão (SP), por Frei Orestes Girardi da Ordem dos Frades Menores e por Irmã Maristela Alves Cintra, que se dedica à missão de Amar, Acolher e Promover a Vida em  favor das Crianças, Adolescentes e jovens mais pobres.

A religiosa entrou na Congregação no ano 1989 em Campos do Jordão. Em 1990 foi postulante; De 1991 a 1992 fez seu noviciado e em 1993 emitiu os primeiros votos. No dia 16 de agosto de 1998 fez os votos perpétuos. O lema de sua profissão solene foi tirado do Evangelho de São Lucas (1,47): “A minha alma engradece ao Senhor”.

LEIA O TEXTO NA ÍNTEGRA

Minha vocação nasceu desde criança. Minha família sempre foi religiosa, todas as noites rezávamos o terço,  aos domingos participávamos da Celebração da Palavra, – pôr ser na zona rural só havia missa uma vez pôr mês-.

Tinha uma tia que é religiosa das Irmãs de São Camilo, então gostava de rezar com ela e  falava que queria ser religiosa quando crescer. Mas chegou o tempo da adolescência e percebi que não era o que queria. Vivi minha juventude como todos jovens da roça: trabalhando e me divertindo quando dava. Gostava muito de participar da Pastoral da Juventude.

Tenho um primo franciscano, o Frei Moacir Longo. Quando ia lá em casa, ele falava de São Francisco e isso mexia comigo. Eu pensava: é isso que eu quero!  Mas tinha medo e tentei fugir dessa realidade. Porém, para Deus nada é impossível. Em um domingo à tarde, voltando do jogo, cheguei em casa e tinha uma Irmã lá. Quando cheguei ouvi “que ela foi buscar uma jovem”!  Essa irmã falou da Congregação. E foi assim que encontrei o que eu queria e não tinha mais como fugir. Vi que Deus estava me chamando e só dependia de mim.

Irmã Claudete em missão no Amazonas. Foto: Acervo Pessoal!

No ano de 2006 a 2010 tive a graça de fazer Missão em Humaitá (AM), no projeto Intercongregacional na Amazônia pela CNBB. Trabalhei no Distrito de Auxiliadora Humaitá e fiz missão na Paróquia Nossa Senhora de Auxiliadora do Uruapiara e em mais 46 comunidades na área ribeirinha e povos indígenas. Foi ali que me apaixonei pela missão. Antes eu trabalhei na entidade cuidando das crianças e adolescentes.

SÃO FRANCISCO UM HOMEM DE ORAÇÃO!

Um episódio que eu gosto muito da vida de São Francisco de Assis é o encontro de Francisco com o leproso, onde o santo de Assis o abraça e beija.  Este episódio além de ter sido muito especial para Francisco, o é também hoje para mim. A vida toda de Francisco é um exemplo.

Pastoral de Rua da Paróquia Imaculada Conceição. Foto: Acervo Pessoal!

Quando vou ao encontro dos excluídos da sociedade, moradores de rua, sinto que estou abraçando. Mesmo com esse tempo de pandemia que é pra manter distância, não podemos deixar de ajudar quem mais precisa com um prato de comida, roupas, ouvindo e abraçando. É de um momento espiritual que eles esperam. O que me inspira em São Francisco na minha missão é a simplicidade, coragem e o amor que Ele nutria pelo Crucificado e pelos pobres.

Em 2014, na 1ª Caminhada Franciscana da Juventude de Aparecida até Guaratinguetá (SP), bem como na Missão Franciscana da Juventude em Concórdia (SC), foi que conheci esta bela missão que os freis da OFM fazem. É um grande trabalho com os jovens. Gosto muito de estar com eles me sinto feliz. O que me motiva é o amor que tenho por Jesus Cristo e pelos jovens. Aprendo muito com eles.

Sobre o apostolado do Papa Francisco eu gosto muito também, porque ele é um grande Pastor que sabe cuidar de suas ovelhas a abraça a todos sem excluir ninguém. Ele me inspira para continuar abraçando as causas dos mais excluídos. Ele não ter medo de ir ao encontro. Viver uma Igreja em saída e ser uma religiosa apaixonada pela Vida Religiosa é ser feliz.

Para os jovens a minha mensagem é que não tenham medo de dizer sim! O chamado se concretiza quando o amor de Deus ressoa em nosso coração. Então, em nosso interior surge uma força que direciona nossa vida, nosso interesse para algo forte e especial.  Juventude a vida está em suas mãos: na travessia do hoje, constroem-se os alicerces do amanhã. Feliz de quem encontra e abraça sua vocação!

Um abraço fraternal,

Irmã Claudete Funes


VEJA + FOTOS DE IRMÃ CLAUDETE E SUA MISSÃO

2 comments

  1. Obrigada Frei! Paz e bem!
    Amei ler e ver a publicação de minha Irmã de Congregação, Ir Claudete. Grande testemunho de fé, dedicação, carinho, disponibilidade, amor fraterno e vivência do SER consagrada, fomos e somos companheiras na caminhada vocacional e missão por tudo sou agradecida. Que a juventude perceba e sinta o toque de Deus que continua a chamar.
    Abraço fraterno.
    Irmã Lurdinha Fernandes.

Deixe uma resposta