“Os dois discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão” (Lc 24,35).
No Evangelho deste fim de semana, temos a figura dos discípulos de Emaús que acabam de fazer a experiência de Cristo e de como eles reconheceram Jesus ao partir do pão. Após esse episódio eles se põem a caminhar. Paralelamente a isso, temos o terceiro dia da criação do mundo. Em Gênesis, no terceiro dia acontece a criação da terra, depois do ajuntamento das águas.
Ocorre também a criação das plantas, ervas e árvores frutíferas, cada uma segundo a sua espécie. No Evangelho percebemos que os discípulos ficaram com medo ao ver Jesus, pois achavam que Ele era um fantasma. Entretanto, Jesus pede para que eles coloquem a mãos sobre suas chagas para que percebam que ele estava vivo e é de carne e osso. Se na criação do mundo, Deus ajunta as águas e forma a terra para que dê fruto, ervas e plantas; Em Jesus, a nova criação Deus junta sobre si nossos pecados, limpa-nos de todo o erro e forma Nele mesmo o alimento da nossa vida. Se na primeira criação nos alimentamos de ervas, plantas e árvores frutíferas, na segunda criação nos alimentamos do seu próprio corpo que é carne e osso, ou seja, comungamos de um Deus não de um fantasma. Cristo depois do terceiro dia ressuscita.
No terceiro dia Deus cria o alimento para o homem. Desse modo, Cristo como novo alimento de nossa alma vem nos dizer, depois do terceiro dia, que Ele venceu a morte e que podemos comungar de seu corpo vivo e verdadeiro. Irmãos, cesse o terceiro dia da recriação do mundo a partir do Cristo, somos convidados a refletir sobre todas as vezes em que comungamos. Comungar a Cristo é comungar da sua vida que é de carne e osso. Comungar a Cristo implica em nós uma mudança também que seja de carne e osso. Comungar a Cristo nos exige um Sim concreto, uma mudança real, afinal comungar a Cristo é querer se tornar um com Ele.
Paz e Bem meus irmãos!