No quinto domingo da quaresma é apresentado o episódio da ressurreição de Lázaro, irmão de Marta e Maria. Temos várias reflexões lindas sobre esse episódio. Primeiramente, Jesus consolando essas irmãs, dizendo que ele é a ressurreição e a vida. Jesus é a vida, não a morte. Jesus já antecipa aquilo que celebraremos semana que vem – a ressurreição. Jesus é o ressuscitado desde o início de sua vida. A sua vida é vivida em busca da ressurreição e a nossa fé, como afirma São Paulo, só tem sentido com a ressurreição de Jesus.
Outra cena interessante é que Jesus chorou (Jo 11,35). Como diz São Leão Magno, é tão humano que só pode ser divino. Jesus chorando mostra não somente a sua fragilidade, mas sim a sua empatia. Ainda nos chama a atenção quando Jesus diz que o que ele está fazendo (ressurreição de Lázaro), é para que as pessoas creiam que Jesus é o enviado por Deus. Sendo assim, tudo o que Jesus faz não é para se mostrar, mas sim para que as pessoas cresçam nele e naquele por quem foi enviado, seu Pai.
“Lázaro, vem para fora” (Jo 11,43). Vem para fora, vem para a vida. Essa é a frase da nossa vida. Não morremos definitivamente, mas sim passamos pela morte e esperamos Jesus nos convidar: Vem para vida, vem para o céu. Passamos pela morte, mas nossa esperança é o céu. Passamos pelo mundo, mas esperamos ansiosos pelo convite de Deus no final de tudo: “Vem para fora, vem para a vida, vem para o céu”.
Francisco deseja tanto esse convite que tinha a morte como irmã. Digamos que a morte é uma espécie de convite, na qual cada um de nós somos chamados a embarcar para a grande festa – o céu eterno. Esse convite do céu e da vida é a consumação de todo um céu, uma ressurreição que já comecei na terra. A vida é uma corrida, uma corrida para morte, como diz Santa Tereza D’ávila que escreveu um poema lindo que reflete bem essa realidade. Morte essa que é o grande convite para o céu, para vida, para fora. Paz e Bem!
Frei Jhones Lucas Martins!